Após chuvas, rios começam a baixar na Fronteira-Oeste

Após chuvas, rios começam a baixar na Fronteira-Oeste

Santana do Livramento, onde 419 famílias foram afetadas, prepara decreto de emergência

Fred Marcovici

O rio Quaraí ainda está sendo monitorado na região

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Os rios da Fronteira-Oeste retornam a níveis normais neste final de semana, após a chuva dar uma trégua, mas autoridades monitoram a situação de famílias atingidas na região. Em Alegrete, segundo Ellen Figueiredo, da Defesa Civil, o Ibirapuitã mede 5.34 metros neste domingo, e está descendo. Apenas uma família da Vila Nova, preventivamente, havia saída de casa e está de volta.

Em Quaraí, o rio que leva o nome da cidade mede 7 m, tendo recuado 2,35 m nas últimas 48 horas. Conforme o secretário de Obras e coordenador da Defesa Civil, Adriano do Santos, 21 famílias foram removidas antecipadamente para garantir a segurança dos 70 ribeirinhos. Sete famílias ainda estão abrigadas na Sociedade Árabe Palestina e as outras 14 em moradias de parentes. A orientação, de acordo com o secretário, é para que o grupo retorne apenas a partir das 12h desta segunda-feira. Há previsão de chuva e, com isso, o possível aumento das águas.

Em Santana do Livramento, de acordo com o município, o decreto de situação de emergência será editado nesta segunda-feira. Nele, consta que 105 famílias se encontram em extrema vulnerabilidade, sendo seis desalojadas (que já retornaram às casas) e 16 desabrigadas. Houve registros de alagamentos, desmoronamento de pontes, interrupção do transporte coletivo municipal, intermunicipal e interestadual. As águas da chuva, que chegaram a 250 mm, afetaram 419 famílias, totalizando 1.616 pessoas que sofreram com danos materiais. Não chove no município desde sexta-feira.

Em Barra do Quaraí, o manancial voltou a correr normalmente. O nível do rio Quaraí não tem sido aferido em razão do furto das duas réguas de alumínio do ponto de medição. Visualmente, a tendência é de retorno ao volume normal, informou Izair Rodrigues, da Defesa Civil. Já em Uruguaiana, as chuvas não alteraram o nível do rio Uruguai que mede 1.30 m. A principal anotação é o prejuízo causado às vias urbanas e vicinais, que contam com muito barro, buracos e danos no asfalto já desgastado. 

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895