Atividades chamam a atenção para o Dia Mundial da Pessoa com Esquizofrenia, em Porto Alegre
Frente Parlamentar de Promoção à Saúde Mental da Câmara de Vereadores em parceria com a Associação Gaúcha de Familiares de Pacientes Esquizofrênicos (Agafape)
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A dona Helena Zelmanovitz está entre as milhares de mães que enfrentam as dificuldades e o preconceito da sociedade com a esquizofrenia. Sua filha, Cláudia Zelmanovitz, é uma das 80 milhões de pessoas no mundo com a doença, o que motivou Helena a fundar, junto a outras mães, a Associação Gaúcha de Familiares de Pacientes Esquizofrênicos (Agafape).
Como esta quarta-feira é o Dia Mundial da Pessoa com Esquizofrenia, a entidade realiza uma série de atividades, ao longo da semana, em Porto Alegre. A iniciativa acontece na Câmara de Vereadores e é uma parceria com a Frente Parlamentar de Promoção à Saúde Mental do Legislativo municipal. A semana dedicada a falar do tema foi aberta no plenário Ana Terra, com o Seminário: Construindo pontes e estreitando laços - Conversando sobre a esquizofrenia.
“A ação é fundamental para tirar o estigma da sociedade”, afirma a assistente social da Agafape, Bruna Aguirre Flores. Ela explica que a instituição atende quem tem a doença e também as famílias, com voluntários. As atividades acontecem em um prédio cedido pela prefeitura, de segunda a sexta-feira, de tarde. Os recursos utilizados são de doações e de campanhas realizadas pela Agafape, como a coleta de tampinhas de garrafa.
Políticas públicas
O secretário municipal de Saúde, Fernando Ritter, participou da abertura do evento. Segundo ele, é essencial dar mais atenção à saúde mental. “Nós temos que preparar as nossas escolas mais, os nossos serviços de saúde, todo o aparato social”. A presidente da Frente Parlamentar, vereadora Psicóloga Tanise Sabino (PTB), informou que protocolou um projeto de lei, garantindo laudo permanente para que a população com esquizofrenia não precise renovar o documento médico para garantir benefícios e medicamentos.
Também debateram o tema a presidente da Agafape, Elisete Oliveira, e o psiquiatra Alceu Gomes, diretor técnico do Hospital Materno Infantil Presidente Vargas. Na ocasião, Alceu recebeu mantas feitas por dona Helena para aquecer as crianças que aguardam atendimento no hospital.