Barco Escola deve começar a operar na bacia hidrográfica do Rio dos Sinos a partir de julho

A construção do Barco Escola, um projeto encabeçado pela Secretaria do Meio Ambiente de São Leopoldo, no Vale do Sinos, está com mais de 60% dos trabalhos executados. Sob responsabilidade da Indústria Naval Catarinense Ltda, sediada na cidade de Navegantes, em Santa Catarina, empresa vencedora do processo de licitação, a embarcação deve chegar por água em São Leopoldo no mês de julho, quando imediatamente começa a operar na região.

De acordo com o titular da Secretaria, Anderson Etter, que fiscaliza e monitora o andamento da construção, o investimento na embarcação gira em torno dos R$ 4,3 milhões. O Barco Escola, segundo ele, será uma ferramenta de educação socioambiental, pesquisa, controle e fiscalização junto às águas do Rio dos Sinos, além de oferecer uma alternativa de ecoturismo para toda a bacia hidrográfica. O barco, segundo Etter, está sendo construído no estilo catamarã com uma sala de aula que comporta até 66 pessoas.

Na parte da educação, o secretário explica que o barco será um instrumento público que vai atender tanto os alunos da rede municipal de ensino, quanto os demais estudantes da rede pública e também privada. “Nele serão promovidas atividades voltadas para o socioambiental ligadas à toda bacia hidrográfica. Vai possibilitar, inclusive, que façamos viagens até o Guaíba. O barco tem o propósito de ser instrumento de controle, fiscalização e identificação de quaisquer atos que venham a comprometer o aspecto ambiental do rio. Ele também terá como finalidade de atender a pesquisa e servirá como um importante instrumento do ecoturismo”, explica o titular da Secretaria, salientando que o projeto começou a ser desenvolvido em 2023, com a contratação de um escritório de engenharia naval e a elaboração minuciosa do projeto executivo.

Para Etter, o Barco Escola será um equipamento público voltado a sensibilização e conscientização da reserva da bacia hidrográfica do Rio dos Sinos, que possui 10 subbacias, arroios e muitas nascentes. “Isso corresponde a uma extensão de 113 quilômetros e 305 nascentes mapeadas pelos agentes do Município. Temos uma infinidade de biodiversidade de fauna e flora. Nossa ideia é provocar na sociedade a necessidade da preservação dos recursos naturais, sobretudo nesta época em que vivemos uma série de mudanças climáticas e seus desastres. Precisamos conhecer e reconhecer o que temos a nossa disposição e preservar isso”.

Segundo ele, é preciso compreender o rio para além da cidade de São Leopoldo, sobre a utilização da água, destinada ao abastecimento humano, aos animais, para a indústria, economia, agricultura, garantindo quantidade e qualidade. O secretário municipal de Educação, professor Ricardo Luz, garante que toda a ferramenta utilizada para tornar o ambiente escolar mais atrativo aos estudantes é de grande valia. “Oportunizar diferentes experiências, propor atividades práticas e de contato com o rio e a natureza, eleva a educação ambiental a outro patamar. Conscientiza, ensina e cria uma experiência única que, certamente, contribui diretamente no aprendizado”.