Bebedouros sem funcionar frustram frequentadores do Parque da Redenção

Bebedouros sem funcionar frustram frequentadores do Parque da Redenção

Seis equipamentos estão desligados em meio ao calorão e Smsurb promete consertá-los em fevereiro

Felipe Faleiro

Bebedouro próximo ao Expedicionário é um dos que estão fora de operação

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Neste calor intenso dos últimos dias, hidratação é sempre bem-vinda, e inclusive uma recomendação inquestionável para repor a água perdida pelo organismo. No entanto, quem frequenta o Parque da Redenção, ponto turístico de Porto Alegre, poderá se frustrar, já que seis bebedouros públicos não estão funcionando neste verão. A situação foi denunciada pelo Coletivo Preserva Redenção em carta enviada neste mês ao secretário de Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (Smamus), Germano Bremm.

“Em decorrência das altas temperaturas que Porto Alegre vem enfrentando, (o estrago dos bebedouros) torna-se um problema de saúde pública, e mais ainda de caráter humanitário, já que impede o acesso à água para aqueles que não podem pagar”, afirmou o coletivo. Os equipamentos não funcionam entre o Recanto Oriental e o espelho d’água e junto o Instituto de Educação General Flores da Cunha, além de próximo ao viaduto da avenida João Pessoa, ao lado do Monumento ao Expedicionário, no Parque Ramiro Souto e em frente aos pedalinhos.

Hoje pela manhã, quando fazia em Porto Alegre uma temperatura próxima dos 30ºC, os primos Adilson Gonçalves e Hugo Ortega, ambos estudantes, haviam vindo de Santa Maria, e tentaram tomar água no bebedouro junto ao Expedicionário, porém sem sucesso. “É um pouco frustrante, pois teremos de comprar para matar a sede”, comentou Adilson. Outros frequentadores disseram que moradores de rua em circulação na área acabavam tomando banho e lavando roupas nos bebedouros, e, por isso, eles foram desligados.

A questão não ocorre com todos. O equipamento junto à rua Vieira de Castro funciona, assim como o do cachorródromo, mas que está com um vazamento, afirma a professora aposentada da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) Ana Maria Dalla Zen, representante do coletivo. “Usuários chegaram a comprar cano para consertar”, comentou ela. Procurada, a Smamus afirmou que a demanda não é competência da pasta, porém da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Smsurb).

Já a Smsurb disse que, no começo de cada ano, realiza manutenção em todos os bebedouros da Redenção, e que, em 2024, o serviço está programado para o mês de fevereiro. “Infelizmente, a grande maioria é vandalizada, logo após a manutenção, com o roubo da válvula ou da bica e, para não ficarem vazando e desperdiçando água, são desligados”, prosseguiu a secretaria, acrescentando que o custo de reparo é de cerca de R$ 2,4 mil por bebedouro. Os reparos são feitos conforme pedidos via 156 ou constatação de problemas por parte das equipes que mantêm estes locais.


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