Blitz educativa marca 33 anos da coleta seletiva em Porto Alegre

Blitz educativa marca 33 anos da coleta seletiva em Porto Alegre

Voluntários distribuíram folder com dicas sobre a importância da destinação correta do lixo

Felipe Samuel

Voluntários percorreram a avenida Getúlio Vargas, no trecho entre a avenida Ipiranga e avenida José de Alencar

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Para marcar os 33 anos da coleta seletiva em Porto Alegre, o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) realizou nesta sexta-feira uma ação de conscientização no bairro Menino Deus. A blitz educativa visa orientar a população e explicar como separar corretamente os resíduos domiciliares. Mesmo com tempo fechado, voluntários da Associação Comunitária dos Moradores e Amigos de Porto Alegre (Acomapa) abordaram pedestres e distribuíram folder com dicas sobre a importância da destinação correta do lixo.

Os voluntários percorreram a avenida Getúlio Vargas, no trecho entre a avenida Ipiranga e avenida José de Alencar. Promovida pela Diretoria de Gestão e Educação Ambiental (Dgea) do DMLU, a ação fez abordagens aos pedestres e comerciantes do bairro. O diretor-geral do DMLU, Paulo Marques, que participou da blitz, afirma que o objetivo é conscientizar a população para evitar colocar resíduo reciclável no contêiner de orgânicos. “O intuito é sensibilizar a população e estimular o sentimento de pertencimento em relação à cidade. É preciso que as pessoas entendam o quanto é importante a segregação dos resíduos na sua casa”, afirma.  

Marques ressalta que destinar lixo reciclável nos contêineres atrai catadores irregulares, que deixam os materiais no chão. Além disso, prejudica os trabalhadores das unidades de triagem que não recebem o resíduo seletivo. Porto Alegre separa de 4% a 5% dos resíduos, o que a coloca acima da média nacional que é de 2,7% da coleta seletiva. Mas ainda é muito pouco. A gente arrecada uma média 1.100 toneladas por dia na casa de cada contribuinte. Constatamos que quase 250 toneladas poderiam ser de reciclável, o que diminuiria o custo transporte, do destino final do resíduo e aumentar o emprego e renda para 600 pessoas que vivem disso”, afirma.

Marques explica que as equipes recolhem uma média de 53 toneladas de material reciclável por dia. “Precisamos separar os resíduos e destiná-los de forma correta e, principalmente no dia correto, para ter uma cidade mais sustentável, limpa e agradável de se viver”, destaca. Ele alerta que muitos moradores colocam resíduos ao lado dos contêineres, dificultando a coleta seletiva. É preciso um trabalho de conscientização das pessoas, porque as pessoas sabem o que tem que ser feito, mas não fazem. Não disponibilizam os resíduos no dia correto, porque não querem ficar com isso dentro das suas casas”, completa.


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