Bombeiros avaliam condições dos hidrantes em Santa Maria

Bombeiros avaliam condições dos hidrantes em Santa Maria

Objetivo é fazer o levantamento dos 310 hidrantes mapeados

Paula Maia

Além da atualização do mapeamento dos hidrantes na cidade, a capacidade de vazão da água, e a funcionalidade, os modelos dos aparelhos também estão sendo tipificados durante a operação Corrida do Hidrante

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O Corpo de Bombeiros Militardo Rio Grande do Sul (CBMRS), por meio do 4º Batalhão de Bombeiro Militar (4ºBBM), está realizando uma operação para diagnosticar a situação dos 310 hidrantes de Santa Maria.

A operação começou em agosto e, de acordo com o relatório da semana passada, 284 hidrantes já haviam sido avaliados. No relatório, 117 não foram encontrados, 36 necessitam de manutenção e 131 estão em operação. Além da atualização do mapeamento dos hidrantes na cidade, a capacidade de vazão da água e a funcionalidade, os modelos dos aparelhos também estão sendo tipificados. 

Até o momento, foram registrados 32 hidrantes de coluna e 102 hidrantes de caixa ou subterrâneos, que não são mais permitidos pela nova legislação, publicada em 2017.

De acordo com o comandante da 1° Companhia Bombeiro Militar do 4° Batalhão de Bombeiro Militar, capitão Quintana, a nova legislação não exige a substituição dos hidrantes de Caixa, mas que a instalação de novas unidades sejam no modelo de Coluna, que são os modelos na cor vermelha. 

Ela ressaltou a dificuldade de uso dos hidrantes de Caixa ou subterrâneos e reforçou que os hidrantes de Coluna têm uma melhor visibilidade para o acesso do bombeiro. “Por vezes as pessoas não querem que o Corpo de Bombeiros abasteça nas suas calçadas ou outro motivo e acabam concretando [ a tampa do hidrante de caixa] e aí a gente não tem como acessar esses hidrantes”.

A operação do Corpo de Bombeiros é denominada a Corrida do Hidrante. E o objetivo desse levantamento, além de provocar os entes envolvidos no processo de reestabelecer o funcionamento dos hidrantes e fazer com que a legislação seja cumprida, é principalmente realizar a manutenção dos hidrantes que foram vandalizados. 

O levantamento da funcionalidade dos hidrantes em Santa Maria foi iniciativa da 4ºBBM e também tem a intenção de direcionar os esforços da Companhia de Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) para os locais determinados que necessitam de uma atenção ou conserto devido aos atos de vandalismo, além de uma possível indicação de pontos específicos para a instalação de novos. 

Quintana ainda ressaltou a efetiva participação do Corpo de Bombeiros nas ações de combate ao vandalismo e que em breve a ação será ampliada para tentar identificar os receptores dos materiais furtados dos hidrantes. “Nas próximas operações vamos buscar identificar a receptação desses materiais. Temos que coibir que haja o receptador desses materiais para que as pessoas não tenham mais para quem vender”.

O superintendente regional da Corsan, José Epstein, ressaltou que o combate ao vandalismo em hidrantes em Santa Maria é um dos maiores desafios e destacou a  importância do tralho integrado com o CBMRS, que definiu as ações preventivas e corretivas por causa dos atos de vandalismo. Ele afirmou que existe uma maior preocupação nas áreas da periferia que não contam com o apoio da reserva técnica. 

“Sempre priorizamos os centros com maior densidade e os centros que têm loteamentos horizontais, postos de combustíveis, hospitais e escolas e o trabalho contínuo em ações de combate ao vandalismo”, explicou. 

Entre as ações que já estão sendo realizadas para tentar coibir o vandalismo, a Corsan optou por soldar os flanges que são a conexão da coluna do hidrante com a mangueira do caminhão dos bombeiros. Segundo a Corsan, 35 equipamentos já foram soldados e instalados na cidade. Além dos flanges, os parafusos também estão sendo fixados para evitar o furto. 

O superintendente destacou que existe planejamento para as trocas de hidrantes de Caixa e implementação de mais unidades. E que além dos  pré-requisitos técnicos necessários para a instalação, é importante ter uma tratativa com o Corpo de Bombeiros para verificar a análise operacional em cada ponto a ser colocado um hidrante novo.

“Em relação aos hidrantes subterrâneos, temos feito a medida da possibilidade e necessidade a substituição por hidrantes de coluna. E na medida que vamos ampliando a malha de distribuição vamos ampliar o número de hidrantes. Isso é dinâmico”, disse.
Epstein ainda contou que os hidrantes que têm as conexões de plástico, que já estão sendo instalados em Porto Alegre, estão no radar para uma possível instalação em Santa Maria, e que a Corsan está  em conversa com o Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) para acompanhar os testes realizados na Capital.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895