BR 386 tem ritmo alterado sem a circulação de caminhões

BR 386 tem ritmo alterado sem a circulação de caminhões

Em Frederico Westphalen, o pátio dos postos estão ocupados por caminhões estacionados

Agostinho Piovesan

Os caminhões estão parados no trecho da região Norte

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A BR 386, que parte de Canoas, Região Metropolitana, e chega a Iraí, Norte do Estado, na divisa com Santa Catarina, apresenta rotina alterada em função da mobilização dos caminhoneiros. Apenas veículos leves e ônibus circulam na rodovia, uma das mais importantes do Estado e responsável pelo transaporte de boa parte da produção gaúcha, dos mais diversos setores.

Em Frederico Westphalen, a manifestação ocorre no km 37. O pátio dos postos de combustíveis estão ocupados por caminhões que permanecem estacionados. Em determinados períodos, os caminhoneiros seguem viagem e são liberados pelos motoristas encarregados de coordenar a mobilização. Algumas estradas vicinais também são bloqueadas, ampliando os efeitos da paralisação para as propriedades rurais. Veículos que transportam suínos, grãos e leite, por exemplo, têm passagem permitida. Mas no retorno, já vazios, ficam retidos nos pontos de bloqueio.

Apoio dos municípios
A Associação dos Municípios da Zona da Produção (Amzop), composta por 43 municípios, divulgou uma nota oficial na manhã desta quarta-feira, dando apoio à mobilização dos caminhoneiros. “Como o combustível impacta diretamente nos custos de transporte e de mecanização das atividades rurais, vocação da maioria dos municípios da nossa região, essa elevação tende a aumentar os preços finais dos alimentos, incidindo também no custo da manutenção da frota de máquinas rodoviárias e veículos dos municípios para a prestação de serviços as nossas comunidades”, diz a nota.

O presidente da Amzop, Gilson de Carli, afirma que “o governo precisa se conscientizar de que os derivados do petróleo, especialmente o diesel, são itens de primeira necessidade, uma questão de vanguarda nacional, pois sua elevação constante, afeta o cotidiano dos brasileiros”. Ele disse, ainda, que é preciso mudar a política de preços equivocada que prejudica a vida de todos. “Essa luta não é apenas dos caminhoneiros, mas também do comércio, indústria, agropecuária, prestação de serviços e de toda a população, entendendo que o movimento é legítimo e justo”.

A Amzop anunciou que as prefeituras da região estarão com as portas fechadas na próxima sexta-feira, dia 25 de maio. Os Sindicatos de Trabalhadores Rurais da região também anunciam apoio ao movimento, tendo em vista que o alto preço do óleo diesel impacta também a agropecuária. 

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895