Braskem inaugura ampliação do Centro de Tecnologia e Inovação (CTI)

Braskem inaugura ampliação do Centro de Tecnologia e Inovação (CTI)

O investimento na expansão do Polo Petroquímico de Triunfo foi de R$ 108 milhões

Felipe Samuel

Prédio passa a abrigar estruturas ampliadas dos laboratórios como de catálise e de caracterização avançada

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De olho em investimentos com foco em sustentabilidade, a Braskem inaugurou nesta quarta-feira a ampliação do Centro de Tecnologia e Inovação (CTI), localizado no Polo Petroquímico de Triunfo, na Região Metropolitana. O novo prédio tem 6.000 m2 de área total, dos quais 2.000 m2 de laboratórios com equipamentos de última geração, o que representa um acréscimo de 25% na área de pesquisa e desenvolvimento da empresa no local. O investimento na expansão foi de R$ 108 milhões, destes R$ 64 milhões na estrutura física do novo prédio e R$ 44 milhões em equipamentos de laboratórios.

De acordo com o diretor de Desenvolvimento de Produtos e Materiais Avançados da Braskem, Fabio Lamon, o prédio passa a abrigar estruturas ampliadas dos laboratórios como de catálise e de caracterização avançada, de cromatografia, fracionamento de polímeros e microscopia. O local conta com uma estrutura dedicada para PVC e EVA, com foco na busca de novas aplicações destas resinas como, por exemplo, novos usos do EVA Verde produzido a partir da cana-de-açúcar. “O CTI localizado no Polo de Triunfo é o maior dos centros de tecnologia e inovação da Braskem”, afirma.

Lamon explica que a empresa tem 200 projetos ativos. “A gente tem como objetivo em 2023, ao final do ano, finalizar projetos e entregar novos produtos que somam cerca de 200 milhões de dólares de valor presente líquido ajustado ao risco. É uma métrica para medir inovação. A gente cerca esse objetivo de entrega continuada de projetos que geram valor para a cadeia”, ressalta, acrescentando que as inovações sustentáveis reforçam o compromisso da empresa com a economia circular e em cumprir boas práticas em relação ao papel em âmbito social e ambienta. “A meta é alcançar a neutralidade de carbono até 2050”, frisa.

Por conta da necessidade de adaptação a políticas de boas práticas, Lamon salienta que multiplicam-se os casos de uso das resinas de fonte renovável para diversas aplicações, incluindo aplicações de maior valor agregado. Conforme Lamon, a indústria calçadista e da moda está entre as beneficiadas com o desenvolvimento de novas tecnologias, como o EVA renovável. “Uma grande fabricante mundial de sutiãs substituiu o material espumoso utilizado no bojo do sutiã pela nova tecnologia de EVA expandido”, explica. Conforme Lamon, as principais marcas de material esportivo encontraram soluções a partir do uso de polietileno verde e EVA Verde.

Vice-presidente de Inovação, Tecnologia e Desenvolvimento Sustentável da Braskem, Antonio Queiroz, ressalta que o novo laboratório vai permitir aplicações e soluções de PVC, EVA e EVA Verde produzido a partir da cana-de-açúcar. “O local também abriga um Laboratório de Controle de Qualidade moderníssimo, que controla as resinas que nós produzimos no Polo de Triunfo. E essa capacidade da Braskem é que vai permitir o desenvolvimento de novas tecnologias para uma economia circular de carbono neutro”, destaca. Queiroz afirma que a estrutura está interligada em plataformas de ação com foco em reciclagem, uso de biomassa para produção de produtos químicos, menor consumo de matéria-prima, energia e emissões de carbono.

O diretor-presidente da Braskem, Roberto Bischoff, afirma que a nova estrutura tem papel estratégico no desenvolvimento de produtos sustentáveis. Conforme Bischoff, a empresa investiu R$ 3,5 bilhões ao longo dos últimos cinco anos no Rio Grande do Sul. Essa parte de sustentabilidade tem uma relevância fundamental. Nos últimos dois anos ampliamos a capacidade de produção dessa planta e sua entrada em operação deve estar acontecendo ao longo de maio, início de junho. Essa é uma matéria-prima de fonte renovável feita de etanol produzido no Brasil e que cada vez mais é exportada e aceita pelos países. O crescimento da Braskem passa por uma avenida de crescimento claramente ligada a bioprodutos”, conclui. 


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