Braskem reforça ações para alcançar a meta de neutralidade de carbono até 2050

Braskem reforça ações para alcançar a meta de neutralidade de carbono até 2050

Empresa investiu R$ 108 milhões para a ampliação do Centro de Tecnologia e Inovação (CTI) em Triunfo

Felipe Samuel

Soto destaca que inovações sustentáveis reforçam o compromisso da Braskem com a economia circular

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As estratégias de transição para uma economia circular e as soluções de reciclagem mecânica e química foram os temas tratados nesta quarta-feira, no evento da Tá na Mesa, da Federasul. Em meio às especulações sobre a venda da Braskem, o diretor de Desenvolvimento Sustentável da empresa, Jorge Soto, garante que o tema “não é novo” e reforça que a decisão de uma estratégia focada na sustentabilidade foi tomada no período de 2020 a 2021. 

“É uma gestão profissional. Todos os executivos que estão lá estão sempre atentos ao que é melhor para a empresa no curto, médio e longo prazo. Isso provavelmente torna a empresa mais atrativa, mas aí é uma decisão dos controladores o que vão fazer com ela”, observa. Ao detalhar a importância crescente do desenvolvimento sustentável na estratégia empresarial, Soto destaca os investimentos de R$ 108 milhões para a ampliação do Centro de Tecnologia e Inovação (CTI) situado no Polo Petroquímico de Triunfo. 

Conforme Soto, essas inovações sustentáveis reforçam o compromisso da Braskem com a economia circular e sua meta de alcançar a neutralidade de carbono até 2050. “Os projetos de melhoria das nossas fábricas, em 2021, reduziu em 285 mil toneladas as emissões. No passado foram pouco mais 400 mil toneladas de CO2 em projetos foram reduzidas. Os projetos vão continuar dando resultados e esperamos alcançar a redução absoluta de 15% das emissões até 2030. É um desafio global para todas as indústrias que são chamadas difíceis de reduzir, mas a Braskem está fazendo a sua parte usando a sua tecnologia como pilar”.

Soto explica que a Braskem participa do projeto Blue Keepers, iniciativa da Rede Brasil do Pacto Global que reúne empresas de diversos setores para enfrentar o desafio do descarte dos plásticos nos mares. Ele explica que o projeto visa identificar e bloquear o fluxo de resíduos que vão para o mar, com potencial impacto na Lagoa dos Patos, conforme estudos realizados por pesquisadores do Instituto de Oceanografia da Universidade de São Paulo (USP).

“Foi identificada que é uma região de alto risco, porque pode haver vazamentos da gestão de resíduos nem sempre adequada desses materiais para o mar. São estimadas 125 mil toneladas desses resíduos por ano. Isso é um potencial, essa seria a quantidade de resíduos que poderia fluir, mas não flui”, observa. É uma questão que devemos dar atenção enquanto sociedade. A Braskem traz essa informação junto com o Pacto global e outros parceiros para que haja motivação maior para que a gestão de resíduos sólidos seja melhorada”, completa.


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