Câmara de Vereadores de Canoas torna Disque-Mulher política pública no combate à violência doméstica

Câmara de Vereadores de Canoas torna Disque-Mulher política pública no combate à violência doméstica

Parlamentares aprovaram o projeto por unanimidade

Fernanda Bassôa

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A Câmara de Vereadores de Canoas aprovou por unanimidade o projeto que torna o Disque-Mulher, canal para denunciar situações de violência contra a mulher, uma ferramenta de política pública que passa a ter caráter permanente no município.

A proposta de autoria da vereadora Vani Piovesan já foi encaminhada para sanção do Executivo. Instituído em março de 2022, o serviço tem atendimento 24 horas nos sete dias da semana, pelo número (51) 99275-8146. Funciona para ligações, inclusive a cobrar, e mensagens de Whatsapp, podendo receber denúncias ou prestar orientações de emergência. A identidade do denunciante é preservada, e as ligações podem ser feitas por vizinhos, amigos, parentes ou pessoas próximas à vítima.  “As mulheres podem pedir ajuda a qualquer momento. Trabalhamos para salvar vidas e todos os atendimentos têm efetividade, seja através de orientações ou encaminhamentos”, lembrou a secretária de Mulheres Rosa Marcella.

Em menos de um ano de operação, o Disque-Mulher contabiliza até o momento o atendimento a 923 mulheres. Conforme Marcella, o serviço consolidou-se ao ponto de ser procurado por mulheres de outros municípios da região, que são direcionadas para a rede de proteção de suas cidades. “O Disque-Mulher não poderia ser uma política apenas de governo, pois ele salva vidas e por isso, tem que ser uma política pública. A violência contra mulher vai além dos governos e dos partidos políticos.”  

As mulheres assistidas pelo serviço são encaminhadas ao Centro de Referência da Mulher em Situação de Violência de Canoas, onde, uma vez referenciadas, passam a contar com assistência social, psicológica e jurídica para que possam romper o ciclo de violência. Também recebem suporte para a realização da denúncia policial, com acompanhamento e escolta da Guarda Municipal, se necessário. Os casos mais graves, que envolvem risco de morte iminente, são encaminhados para o abrigo mantido pela Secretaria, onde é possível permanecer por até seis meses.  

 


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