Cachoeirinha anuncia parcelamento de salários e do vale-alimentação
Servidores receberão mil reais nesta quarta-feira e o restante a partir da próxima semana
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O secretário municipal da Fazenda de Cachoeirinha, Alex Branco, informou que a Administração fará todo o esforço possível para quitar o saldo antes do dia 20, data do próximo adiantamento. Segundo ele, o vale-alimentação também será pago em duas parcelas. A primeira, referente a 50%, foi depositada nesta quarta e o restante está previsto para o dia 20. O repasse do valor será feito em dinheiro e não em cartão.
Conforme o secretário, não houve receita suficiente para cobrir a folha deste mês, em razão da diminuição de repasses como o do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Além disso, neste mês, aconteceu a retenção de cota patronal do Instituto de Previdência dos Servidores Públicos Municipais de Cachoeirinha, relativa a maio. A redução mais drástica aconteceu com o ICMS: uma queda de 23%.
O secretário municipal de Governança e Gestão, Juliano Paz, informou que esteve reunido com o Sindicato dos Municipários. "Passamos todas as informações e todos os números para que estejam cientes desta realidade, uma vez que temos o compromisso de dar 100% de transparência à nossa relação", esclareceu. Ele reforça que a situação financeira é bastante delicada, mas a atual gestão está empenhada em colocar as contas em dia. "Já adotamos um pacote de medidas que preveem algum fôlego, mas o resultado maior do pacote só será sentido no futuro", apontou.
No entanto, representantes do Sindicato dos Municipários de Cachoeirinha (Simca) contestaram a manobra do Executivo na véspera do próprio pagamento e anunciaram estado de greve. O presidente do Simca, Guilherme Runge, considera um desrespeito com os servidores que já vem sendo massacrados com pacotaço.
“É um absurdo a previdência dos municipários ser motivo de barganha em concorrência com os salários em dia. Aliás, as próprias justificativas apresentadas pelo governo para aprovação do pacotaço argumentavam que as medidas seriam para garantir o pagamento dos salários em dia”, disse Runge.
A categoria se reúne no final da tarde de quarta-feira em assembleia geral para discutir “legalidade” da ação anunciada pelo governo. Para a quinta-feira está programada uma vigília do funcionalismo em frente ao prédio da Prefeitura em virtude do atraso nos salários.
