Campo Bom entrega primeiro lote de absorventes gratuitos para alunas da rede municipal

Campo Bom entrega primeiro lote de absorventes gratuitos para alunas da rede municipal

Investimento foi de R$ 16 mil, para 12 meses de fornecimento, que compreende 500 necessaires e 5,4 mil pacotes de absorventes

Fernanda Bassôa

Alunas receberam os primeiros dois pacotes, totalizando 16 unidades, dentro da necessaire

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Aprovada pelo Poder Executivo de Campo Bom, depois de sugestão do Legislativo, a distribuição gratuita de absorventes higiênicos para as alunas de escolas municipais se tornou realidade. As primeiras entregas, como ato simbólico, ocorreram nas escolas Borges de Medeiros e Presidente Vargas, ambas de ensino fundamental, nesta quinta-feira.
Para o prefeito Luciano Orsi, o resultado da Lei nº 5.259 (Programa Municipal de Fornecimento de Absorventes Higiênicos) tem base na saúde. “Trata-se de uma questão humana, de dignidade e saúde pública. Sabemos que a dificuldade financeira existe e prontamente aprovamos a proposta do parlamento, para assegurar a qualidade de vida dessas meninas”, afirma.

Inicialmente, as alunas recebem os primeiros dois pacotes, totalizando 16 unidades, dentro da necessaire. Agora, as escolas ficam responsáveis por, mensalmente, retirar os novos lotes. “Produzimos as necessaires, efetivamos a compra dos absorventes e, junto das escolas, fizemos um levantamento para identificar os quantitativos de beneficiadas na rede. É uma conquista”, explica a secretária de Educação e Cultura, Simone Schneider. O investimento foi de R$ 16 mil, para 12 meses de fornecimento, que compreende 500 necessaires e 5,4 mil pacotes de absorventes.

Quem participou da entrega oficial, junto da secretária municipal, foi a presidente da Câmara de Vereadores Gênifer Engers, que é professora e conhece de perto como a pobreza menstrual afeta a vivência escolar. “Quando estamos inseridos no setor da educação, vemos que, muitas vezes, meninas deixam de frequentar a aula durante o período menstrual. Esse é um ciclo que se repete mensalmente, não há opção. Nós vemos como uma questão de saúde pública, então é uma alegria fazer esse repasse e saber que estamos diminuindo danos lá na frente.”


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