Com 31 anos de história no Rio Grande do Sul, o Instituto da Mama (Imama) segue como uma das principais referências na conscientização e no acolhimento de pacientes com câncer de mama.
Fundado como uma ONG e atualmente reconhecido como uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), o instituto presta contas ao governo federal e mantém sua sede em Porto Alegre, em um espaço cedido pelo Hospital Moinhos de Vento.
Hoje, cerca de 700 mulheres estão em acompanhamento na instituição, que também atende casos de homens com câncer de mama, condição que representa cerca de 1% dos diagnósticos.
Em palestra realizada na sede do Correio do Povo, o Imama apresentou dados que reforçam a importância da prevenção e do diagnóstico precoce: 95% das chances de cura ocorrem quando a doença é detectada em fase inicial, mas 54% dos casos ainda chegam em estágio avançado.
O tratamento costuma envolver quatro a seis meses de quimioterapia, podendo causar queda de cabelo conforme o tipo de medicação.
Amparo e resgate da autoestima
O instituto oferece uma ampla rede de suporte, com banco de perucas — emprestadas por tempo indeterminado —, fisioterapia, acolhimento psicológico a pacientes e familiares, orientação nutricional e jurídica, e um núcleo de relacionamento com o paciente, que auxilia em casos em que o SUS não consegue comunicar resultados de exames e consultas.
Parcerias com marcas como Mary Kay também permitem ações de resgate da autoestima das pacientes. Com doação de produtos e serviços voluntários, o Imama oferece atividades como workshop de maquiagem e design de sombrancelhas, por exemplo.
Nos casos de pacientes que passaram pela mastectomia, o Imama também tem uma parceria com uma clínica estética que realiza cirurgias de reconstrução do mamilo e da aréola.
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Histórias de superação diária e voluntariado
A palestrante Nina Fialho, paciente e voluntária do Imama, emocionou o público ao compartilhar sua trajetória pessoal e destacar o papel transformador do apoio coletivo. “Tem dias que a gente chora, mas o importante é seguir. Se eu estou aqui, qualquer um pode estar”, disse Nina, que se mantém ativa em busca do seu próprio bem-estar, convivendo com o diagnóstico de metástase.
Ela reforçou que a partir dos 40 anos, o exame anual é fundamental e lembrou que 15% dos tumores podem surgir em qualquer parte da mama, embora a maioria ocorra próximo aos dutos mamários.
Como ajudar o Imama
Para além do trabalho de voluntariado, é possível ajudar as pacientes de câncer de mama cadastrando-se no site da Nota Fiscal Gaúcha, eleger o Imama como instituição beneficente e informar o CPF em todas as compras.
Ao comprar produtos Orquídea, o consumidor também está automaticamente ajudando o Imama. A marca destina parte da renda anual à instituição. Iniciativas como essa ajudam a manter os atendimentos e ampliar a rede de solidariedade. “A informação e o acolhimento salvam vidas”, concluiu Nina.
