Canoenses reclamam das más condições do transporte coletivo intermunicipal

Canoenses reclamam das más condições do transporte coletivo intermunicipal

Frota velha, descumprimento de horários e aumento das tarifas são as principais queixas

Fernanda Bassôa

Usuários reclamam da redução de horários

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Usuários do transporte coletivo intermunicipal, que embarcam em pontos de ônibus de Canoas com destino a Porto Alegre, têm demonstrado descontentamento com os serviços oferecidos pela Vicasa, empresa de ônibus que opera no trecho.

Moradora de Canoas que trabalha e estuda em Porto Alegre, Elisângela Pereira, 33 anos, diz que pelo valor pago pelo usuário o serviço é precário. “São ônibus velhos que com frequência apresentam problemas. Sem falar nos atrasos. Os motoristas não cumprem horários previstos e há poucas linhas, itinerários escassos”, disse. O técnico em informática Edinei dos Santos Medeiros, 25 anos, reclama da frota velha e insegura, do aumento da tarifa e da mudança na grade de horários, que pegou os passageiros de surpresa. “Além do valor exorbitante da tarifa, não contamos com um serviço de excelência e qualidade”, avaliou. 

O chefe do Departamento de Trânsito Metropolitano da Metroplan, Danilo Landó, diz que as reclamações são justas. “Temos notificado e multado a Vicasa especialmente em 2018, quando identificamos uma série de atrasos e omissão de tabela, descumprimento de horários.” Só no ano passado, segundo ele, foram emitidas 119 multas, que variam de R$ 350 a R$ 840. “Em 30 de novembro de 2018, a empresa foi notificada extrajudicialmente e, em 28 de dezembro, apresentou um plano de reestruturação. Houve algumas contestações por parte da Metroplan e também ajustes. O novo plano de trabalho está em fase de testes desde o dia 21 de janeiro e durante 30 dias estaremos avaliando os serviços prestados”, explicou.  

Conforme Landó, houve redução de horários com a finalidade de melhorar a prestação de serviços. “Estamos fiscalizando de perto, pois é inadmissível a população depender de um serviço assim”, reiterou. A empresa Vicasa foi procurada mais de uma vez para falar sobre o assunto, mas não retornou à reportagem. 

Correio do Povo
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