Caos no trânsito: Ferragem oferece desconto de 10% devido às obras na frente da loja

Caos no trânsito: Ferragem oferece desconto de 10% devido às obras na frente da loja

A obra é realizada pelo DMAE e tem previsão de término em agosto

Paula Maia

De acordo com um dos sócios, Jorge Balestrin a ação de marketing deu resultado, pois está sensibilizando os clientes, mas os prejuízos causados ainda estão longe de serem recuperados

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Uma ferragem na Coronel Marcos, na Zona Sul da Capital, decidiu oferecer um desconto de 10% em seus produtos como uma forma de compensação devido aos transtornos causados pelas obras que estão sendo realizadas na rua.

De acordo com um dos sócios, Jorge Balestrin a ação de marketing deu resultado, pois está sensibilizando os clientes, mas os prejuízos causados ainda estão longe de serem recuperados. “Surtiu efeito para pagar a operação, não lucro”. De acordo com ele o cenário é desafiador e revela uma queda de 80% desde o início das obras. “Quando eles fecharam a avenida, no sentido bairro/centro, por cinco dias, o faturamento não chegou a 20%”, revelou.

“Aquilo ali não é uma crítica para nenhum órgão. Nós criamos a faixa para impactar. Tá dando resultado, mas não comparado ao nosso movimento que era antes. Então, ela impactou, dá resultado, mas a gente queria que nada disso tivesse acontecido”, afirmou Balestrin.

Balestrin afirma que todo o comércio no entorno está prejudicado e questiona por que as obras não foram realizadas no período de férias escolares, visto a situação atinge o ápice durante os horários de entrada e saída das escolas próximas, causando caos maior no trânsito.

“Foi uma falta de gestão porque eles tiveram o prazo certo, durante as férias, para não dar esse caos. As pessoas estavam no litoral”, observou.

De acordo com o gerente, Christian Torres, a loja que já existe há 24 anos, continua operando de segunda a sábado para atender a comunidade local da melhor maneira possível.

Ismael Junior mora na Coronel Marcos e contou que a situação está bem complicada. Ele afirma que além da poeira e terra dentro de casa e do barulho, o que mais gera transtorno é o congestionamento. Ele contou que leva uma hora e meia num percurso que antes fazia em 40 minutos. E se sair depois das 17h30 do serviço são quase duas horas no trânsito.

“Eu sei que tudo isso é para melhoria, é para melhorar a região, é para, enfim, aumentar a distribuição de água, que ali na frente a gente vai colher os frutos, mas a demora da obra é complicado. Acredito que é uma obra que se ela fosse mais organizada, melhor distribuída, já estaria pronta há muito tempo”, observou.

De acordo com o Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE), trata-se de uma obra de substituição de rede cloacal, 600 metros em tubulações de 500 milímetros, com um valor investido de R$ 1,3milhão. Um obra importante porque a nova rede de esgoto substitui uma rede antiga que poderia causar solapamento do solo, em função de rompimento.

Sobre o início das obras, o Departamento confirmou que iniciou em 21 de fevereiro e tem previsão de terminar no fim de agosto, se as condições climáticas permitirem.

Sobre os transtornos causados, o Departamento informou que o órgão tem o apoio técnico da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) e que a atuação é “em conjunto para evitar maiores problemas no trânsito da região, como sinalizações e desvios do trânsito”. O DMAE também afirma que “obra está sendo executada de forma para causar menos impacto possível com a recomposição da vala escavada no mesmo dia. Isto garante melhor trafegabilidade e segurança dos usuários na região.”


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