Caravana do governo federal fortalece elo com representantes dos municípios gaúchos

A Caravana Federativa teve início no Rio Grande do Sul, nesta quinta-feira, reunindo representantes do governo federal no Centro de Eventos da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), em Porto Alegre. O evento segue até amanhã. O principal objetivo da Caravana é estabelecer uma comunicação mais eficaz com os municípios e  ampliar o acesso aos serviços do governo federal. 

A comitiva é composta por representantes de mais de 30 ministérios, autarquias e bancos públicos, que trabalham em conjunto para fornecer assistência  aos municípios.

O Secretário especial de Assuntos Federativos, André Ceciliano, afirmou que a Caravana é um momento único, ressaltando que  problemas antigos dos municípios estão sendo resolvidos durante as edições. Ceciliano também lembrou que mais de três mil e duzentos municípios já foram atendimentos  na secretaria de Assuntos Federativos.

O vice-governador,Gabriel Souza, agradeceu a relação federativa que o Governo esta propondo e afirmou que essas ações priorizam o  interesse público.  "As relações federativas são fundamentais para que o serviço público ande corretamente", pontuou. 

Na sua fala, o vice-governador destacou a queda da arrecadação tributária e a votação da Reforma Tributária. "A alíquota caiu de 25% para 17%. Naturalmente, isso é extremamente saudável, somos todos favoráveis à diminuição da carga tributária para que o cidadão, a cidadã, pague menos  impostos, mas ao mesmo tempo também observa-se uma severa preocupação referente às contas públicas dos entes subnacionais. Percebam que essa queda de arrecadação significou 3 bilhões de reais a menos para o estado do Rio Grande do Sul. Portanto, é um tempo de, realmente, falar muito sobre o futuro das questões de divisão tributária no Brasil, e o momento não poderia ser mais apropriado do que esse.  Visto que o Senado Federal discute agora a reforma tributária", finalizou.

Presidente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), Luciano Orsi, falou sobre as dificuldades que os prefeitos e representantes dos municípios passam para chegar até Brasília e que a Caravana Federativa é um facilitador para o encaminhamento das soluções. Ele destacou a "sensibilidade do governo Federal de trazer todas as equipes que podem destravar as questões municipais". Orsi também lembrou dos municípios atingidos pelos acontecimentos climáticos no Estado e que a presença dos ministérios no RS pode agilizar a questão da liberação do recurso Federal para a reconstrução das cidades. 

Mais de 2 mil inscritos estão participando da Caravana Federativa que está na sua 3° edição, já passou pela Bahia e Rio de Janeiro, e chegou no Estado pelas mãos da Famurs.

Entre os participantes, a secretária de Saúde Arita Bergmann  ressaltou que o momento é uma  oportunidade para reforçar o pedido do governador Eduardo Leite, já feito ao presidente Lula, e para a ministra Nísia Trindade que é a recomposição do Teto MAC.

"São os recursos de média e alta complexidade que nós temos um déficit comprovado de R$331 milhões ao ano, dos quais R$180 milhões são do  Estado. A Secretaria coloca todos os meses 15 milhões de reais para cobrir os contratos com a rede hospitalar e os municípios em gestão plena da mesma forma. Então, se esse recurso entrar nos municípios, isso vai viabilizar o aumento, a expansão de serviços em áreas estratégicas, onde há uma grande demanda reprimida", explicou. 

O prefeito de Vista Gaúcha, divisa de Santa Catarina e Argentina, 485 km de Porto Alegre, Claudemir Locatelli, participa do evento com o objetivo de estreitar a relação com governo federal.  Ele destacou como maior demanda as questões que envolvem a  saúde e a educação. 

"Eu já procurei o departamento do ministério para que a gente possa nesse sentido ter as informações que a gente busca para  defender os nossos cidadãos do nosso município", ressaltou.

O prefeito de prefeito de Guarani das Missões,  Gerônimo Jaskulski, considerou a importância das emendas parlamentares. " A maior demanda é a liberação das emendas parlamentares. Nós temos muitas emendas que não foram liberadas e hoje nós precisamos dessas emendas para dar grande contribuição para o nosso município na questão da infraestrutura, no esporte, na saúde também", considerou.