Casal usa andar superior de residência para se abrigar após inundação em Porto Alegre

Casal usa andar superior de residência para se abrigar após inundação em Porto Alegre

Moradia fica na Ilha da Pintada, bastante atingida pelas chuvas registradas na Capital

Paula Maia

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O casal Rosane Vasconcelos e Jerri Nadi reside na avenida Presidente Vargas, na Ilha da Pintada, há 25 anos. Nascidos na ilha, eles compreendem a importância da preparação para os alertas de enchentes. Apesar de terem elevado os móveis da casa, construída com grande esforço, a água surpreendeu ao atingir uma altura inesperada, causando danos aos móveis e utensílios domésticos. Com a casa ainda inundada, o casal, junto com a filha de 11 anos e o irmão de Rosane, está alojado no andar superior. Onde dormem e preparam alimentos. 

Rosane menciona que após a enchente de 2015, elevaram ainda mais a casa e construíram esse quarto no andar superior. Agora, a meta é expandir esses espaços elevados. " Ainda não consegui comprar todos os móveis que foram danificados com a enchente de 2015", ressaltou Rosane.

Apesar de a água ainda permanecer em  todos os cômodos no térreo da casa, Rosane destaca que a maior preocupação deles é a falta de eletricidade. "Tu compra um pedacinho de carne tem que fazer tudo. Quer tomar um banho quente tem que sair de casa.  Lavei as roupas na mão para deixar tudo limpinho. Preciso ver o que estragou", afirma.

Visivelmente emocionado, o porteiro Gelcio Custódio relata que perdeu quase tudo. Ele estava a caminho do CRAS para obter um atestado que justificasse suas faltas no trabalho. " O que nos queremos aqui é a luz", afirma Custódio, que é vizinho de Rosane e mora com sua esposa na rua há mais de 30 anos.


Correio do Povo
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