Catamarã completa 11 anos com quase 8 milhões de passageiros transportados

Catamarã completa 11 anos com quase 8 milhões de passageiros transportados

Serviço entre Porto Alegre e Guaíba busca se reinventar com novas tecnologias, ao mesmo tempo em que enfrenta desafios

Felipe Faleiro

Catamarã tem, atualmente, 15 viagens nos dias úteis, mais 11 aos sábados e nove aos domingos, em cada sentido

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Há exatamente onze anos, a travessia pelo Guaíba ganhou uma nova opção, com a inauguração do transporte hidroviário entre os municípios de Porto Alegre e Guaíba. Aberto em 28 de outubro de 2011, o trajeto pelo catamarã está hoje consolidado na rotina de milhares de passageiros. Desde então, o modal ampliou suas operações, ainda que tenha sofrido com os efeitos da pandemia e dos preços mais altos de alguns insumos, como o diesel. Os números totais são superlativos: são mais de 4 mil dias de operação, 136 mil viagens e mais de 7,9 milhões de passageiros transportados.

“São onze anos de uma história de muita inovação, persistência e, literalmente, de encontrar novos caminhos”, afirma o gestor de operações da CatSul, empresa operadora do serviço, João Pedro Wolff. “É mais um recurso que a população tem, inclusive do ponto de vista da qualidade de vida. Por exemplo, para quem trabalha ou tem atividades na zona Sul de Porto Alegre, nossa conexão entre Guaíba e ali seja feita em 15 minutos. De Centro a Centro, são 30 minutos.”

De oito viagens por dia em 2011, o catamarã conta hoje com 15 nos dias úteis, mais 11 aos sábados e nove aos domingos, em cada sentido. Três embarcações prestam o serviço, uma com capacidade para 172 passageiros e duas para 122 pessoas a bordo. A passagem custa R$ 15 por trecho. Wolff destaca que há grande preocupação com a segurança e pontualidade. Cada catamarã conta com equipamentos como bússola, GPS, radar, Sistema de Identificação Automática (AIS), entre outros sistemas. 

Além disto, há poltronas estofadas, ar-condicionado, TV, espaço para cadeirantes e para bicicletas. “Nosso grande desafio é atender sempre bem a população, e, para isto, precisamos ser efetivos, especialmente com as despesas. Há quem diga que faltam alguns horários, mas precisamos de uma lotação mínima da embarcação de 50%, pelo menos, para justificar um horário. Então, precisamos ser muito assertivos nesta questão, para não haver prejuízo”, comenta Wolff. As ordens, portanto, passam pela racionalização, reinvenção e pontualidade, que supera 95%, de acordo com ele.

Os terminais das embarcações ficam no Cais Mauá e no bairro Cristal, em Porto Alegre, e ainda no Centro de Guaíba. Nas tardes dos finais de semana e feriados, há também uma parada no Cais Embarcadero, na área central da Capital. Até o final do ano, haverá um ponto de embarque e desembarque no futuro Parque Pontal, também na zona Sul, e para o futuro, o gestor de operações da CatSul espera instalar o autoatendimento na aquisição das passagens.

“Ainda não implantamos, pois estamos testando a tecnologia. É um projeto que nasceu no começo deste ano e está rodando desde então. Já fizemos algumas alterações neste sentido. Nossas catracas já aceitam Pix e o cartão TEU diretamente nela. Estamos trabalhando forte para que aceitem ainda os cartões de crédito por aproximação. Para os de débito e crédito mais antigos, sem este recurso, teremos ainda os totens de autoatendimento”, explica Wolff.


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