Causas de intoxicação em prédio da UFSM serão apuradas

Equipes da Polícia Federal e da Vigilância Ambiental em Saúde municipal farão nova vistoria nesta sexta-feira no prédio da antiga reitoria da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), onde ao menos 12 funcionários de uma empresa terceirizada foram intoxicados em razão de um trabalho de dedetização que ocorria no local. Eles chegaram às 8h desta quinta e, 30 minutos depois, começaram a sentir tonturas, falta de ar e náuseas. Uma funcionária desmaiou. "Todos corriam para os elevadores e escadarias”, contou Fernanda Galbarini, que estava no sétimo andar.

No prédio, funcionam os cursos de Direito e Odontologia, um restaurante da UFSM e a sede da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria, que ainda não havia iniciado as atividades na ocasião. Foram acionadas ambulâncias do Samu e três viaturas do Corpo de Bombeiros. A corporação fez a evacuação do prédio. Os funcionários foram encaminhados para o Pronto Atendimento da cidade e o Hospital Universitário.

O superintendente da Vigilância, veterinário Carlos Flávio Barbosa, esteve no local com técnicos. Depois de vistoria do órgão com o Corpo de Bombeiros, decidiu-se pela interdição do prédio por 24 horas. Segundo Barbosa, foi coletado o produto que estava sendo usado na dedetização para análise. O superintendente destacou que, para a realização de um trabalho desse tipo, é necessário o isolamento da área para segurança de todos. Porém, segundo relatos, o isolamento não teria sido feito. Barbosa informou que o produto utilizado estava licenciado e em condições de aplicação.

O coordenador administrativo da empresa de dedetização, Carlan Lima, disse que já havia sido feito trabalho idêntico, mas sem problemas, e informou que foi aberta sindicância interna para apurar as causas. A Reitoria da UFSM também abriu processo investigativo.