Caxias do Sul passa a contar com referencial inédito para gestão de áreas de risco

Caxias do Sul passa a contar com referencial inédito para gestão de áreas de risco

Município contará com melhores subsídios para a elaboração de planos de contingência

Celso Sgorla

Cidade passa a contar com o mapeamento de nove áreas específicas onde se poderão realizar melhorias das condições de moradia

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A prefeitura de Caxias do Sul recebeu a carta geotécnica de aptidão à urbanização e também o mapeamento e a setorização de risco de áreas sujeitas a deslizamentos de terra. O estudo foi realizado pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).

Na prática, significa que processos como planejamento, licenciamento e fiscalização ou novos projetos de parcelamento do solo adquirem agora a segurança de elementos objetivos e específicos. E o município passa a contar com melhores subsídios para a elaboração de planos de contingência para situações como deslizamentos, desabamentos ou alagamentos.

A pesquisa alcançou áreas da sede municipal não mapeadas antes, além de áreas de expansão urbana e dos distritos, conforme estabelecido no Plano Diretor concluído em 2019. “Caxias do Sul, de modo geral, está em condição privilegiada no aspecto geotécnico. Os problemas decorrem, muitas vezes, pela forma como se dá a utilização do solo”, explica o geólogo, pesquisador e coordenador-geral do projeto, Omar Yazbek Bitar.

Além da carta geotécnica, Caxias do Sul passa a contar também com o mapeamento de nove áreas específicas onde se poderão realizar melhorias das condições de moradia, considerando a segurança da população. O objetivo da chamada setorização de risco é identificar pontos sujeitos a deslizamentos de terra, quedas de rochas e outros processos de movimentos gravitacionais de massa que ocorrem com mais frequência no município.

De acordo com os especialistas, o mapeamento levará à execução do Plano Municipal de Redução de Riscos (PMRR). As áreas cujo potencial de risco for considerado mais elevado receberão sugestão de intervenções para a diminuição do nível de perigo. A priorização de áreas e até o levantamento de possíveis fontes de recursos para as intervenções compõem o plano, que deverá, idealmente, ser integrado a outros projetos e políticas municipais.

As nove áreas com estudo de setorização de risco no município compreendem Canyon, Diamantino, Euzébio Beltrão de Queiroz, Jardelino Ramos, Monte Carmelo, Portinari, Planalto, Vila Ipê e Vila Lobos. O pacote contratado pelo município prevê ainda um curso de treinamento e capacitação de técnicos municipais, de modo a que as próprias equipes, posteriormente, estejam capacitadas a se atualizar e realizar o mapeamento de outras áreas.


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