Celebrando a cultura geek, Dream Fest estima reunir 10 mil visitantes em Porto Alegre

Celebrando a cultura geek, Dream Fest estima reunir 10 mil visitantes em Porto Alegre

Evento ocorre neste sábado e domingo no Centro de Eventos da PUCRS

Felipe Faleiro

Evento chama a atenção pela presença de cosplays, representação de personagens da cultura pop

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O final de semana foi de celebração da cultura geek em Porto Alegre no Dream Fest, considerado o maior evento deste segmento no sul do Brasil. Os organizadores estimaram que 10 mil pessoas passaram pelo Centro de Eventos da PUCRS, onde ocorreu o evento no sábado e domingo. O público pode conferir o trabalho de estúdios de jogos gaúchos e de outros estados, e a presença de dubladores também chamaram a atenção dos visitantes.

Ainda houve a comercialização de itens como botons e outros acessórios. Para o presidente da Associação dos Desenvolvedores de Jogos do RS (ADJogosRS) e fundador do estúdio gaúcho Izyplay, Everton Vieira, o ambiente de inovação de games do Rio Grande do Sul é virtuoso e contribui para a grande adesão do público. “O RS é pioneiro em várias coisas nesta área, com o primeiro curso de games em universidade, alguns dos primeiros estúdios e a própria ADJogosRS, a primeira associação regional do país”, afirmou ele.

Hoje, segundo ele, a associação tem 45 estúdios afiliados, e o estado é o segundo em termos de faturamento neste setor criativo, atrás apenas de São Paulo, que tem mais companhias do setor. “Em renda por empresa sediada no estado, somos o primeiro colocado. A comunidade aqui é bastante aquecida”, acrescenta Vieira. O Dream Fest ainda traz mais de cem estações jogáveis, em que os visitantes puderam testar os games desenvolvidos. A próxima edição já está confirmada para junho de 2024, também na PUCRS.

O game designer e cofundador do estúdio Mystimor, do Rio de Janeiro, Guto Araújo, contou que foi convidado a participar do evento em Porto Alegre e reforça que o RS é considerado referência no setor em todo o país. O jogo exibido por eles foi o Pigebomb, que está em produção. “Este evento não perde em nada para o Rio ou São Paulo. Aqui, sabemos que até pessoas que não são da ‘bolha’ da cultura pop consomem este tipo de produto. Então, foi algo que ‘furou a bolha’. A divulgação aqui foi muito boa e o evento está sendo muito interessante”, comentou ele.

Um dos públicos mais fotografados do evento é o de cosplays, como é chamada a caracterização de personagens de games, filmes, séries e afins. O analista de software Yuri Rocha, 28 anos, é morador de Viamão e foi ao evento caracterizado com uma roupa feminina, além de carregar a representação de um martelo do jogo Bloodborne, um dos RPGs mais aclamados da história dos games. “Foi a primeira vez que me caracterizei assim e acredito que existe um pouco de preconceito, porém a comunidade cosplay está sendo cada dia mais acessível em relação a isto”, afirmou ele.


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