Centro Cultural Indígena em Planalto será restaurado

Centro Cultural Indígena em Planalto será restaurado

Construída às margens da ERS 324, a estrutura deve ser reinaugurada em abril de 2019

Agostinho Piovesan

Os quiosques foram construídos em 2004

publicidade

O Centro Cultural Indígena formado por cinco quiosques localizado às margens da ERS 324, na Aldeia Pinhalzinho, em Planalto, no Norte do Estado, será recuperado. A decisão foi tomada por lideranças caingangues e guaranis e Prefeitura de Planalto. Foi formado um grupo que irá captar recursos para realizar as obras. As estruturas foram construídas em 2004 com tijolos, madeira e capim, lembrando ocas, para abrigar atividades ligadas à cultura indígena, com exposições, venda de artesanato, comida típica e plantas medicinais, além de apresentações. No entanto, os planos não se concretizaram e, com o passar do tempo, a estrutura foi abandonada.

O grupo pró-recuperação já agendou um mutirão de trabalho para o período de 12 a 21 de outubro. O maior desafio é garantir os recursos necessários para recuperar as edificações. A expectativa é de que o centro cultural seja reinaugurado no próximo Dia do Índio, 19 de Abril. Além de artesanato dos índios de Pinhalzinho, serão comercializados no local produtos dos caingangues da Aldeia de Bananeira, de Nonoai, município que faz divisa de Planalto.

A secretária de Assistência Social de Planalto, Ivani Giacobbo Garrafa, disse que dez grupos de mulheres indígenas participam de reuniões mensais. “Nestes encontros damos várias orientações sobre temas diversos e também são proporcionados cursos e atividades ligadas ao artesanato”, observa. Os índios poderão comercializar no Centro Cultural produtos confeccionados com taquara, cipós e outros materiais para fazer balaios, cestos, colares, entre outros. O capitão da Aldeia de Pinhalzinho, índio José Farias, afirmou que será muito importante para a comunidade caingangue e guarani a recuperação da estrutura do centro. “Aos poucos, poderemos tornar o local num ponto turístico, com venda de artesanato e outras atividades”, afirma. A estrutura foi construída com recursos do governo do Estado. 

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895