Centro de Cultura de Rio Pardo adapta atividades com a pandemia

Centro de Cultura de Rio Pardo adapta atividades com a pandemia

Local completou 15 anos de atividades em dezembro sem comemorações presenciais

Otto Tesche

A estrutura de 1,8 mil metros quadrados funciona em prédio tombado pelo Patrimônio Histórico do Rio Grande do Sul, que tem 136 anos de história

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O Centro Regional de Cultura Rio Pardo completou neste mês 15 anos de atividades sem comemorações presenciais em consequência das restrições por causa do novo coronavírus. O espaço este ano também teve que se reinventar e inovou dentro da proposta de desenvolvimento cultural e social, com a promoção de lives e atividades online. O local permaneceu com as portas fechadas de 23 de março a 7 de setembro. O prédio da antiga Escola Militar, onde há mais de um século estudaram personagens famosos na história brasileira, como Getúlio Vargas, tornou-se um os principais cartões-postais da cidade. O seu interior abriga atualmente uma diversidade de atrações culturais de diversos gêneros.

A estrutura de 1,8 mil metros quadrados funciona em prédio tombado pelo Patrimônio Histórico do Rio Grande do Sul, que tem 136 anos de história. A restauração da edificação ocorreu entre 2002 e 2005, com recursos da Lei de Incentivo à Cultura (LIC). A reinauguração, com a instalação do Centro Regional de Cultura, aconteceu em 8 de dezembro de 2005. “Desde então, convênios com esferas governamentais, empresas e instituições possibilitam a realização de projetos e a ocupação das salas para diferentes finalidades, como oficinas de balé clássico, dança solta, violão, artesanato, pintura em tela e informática, para crianças e pessoas da terceira idade e outros. O prédio também abriga a Biblioteca Municipal, o conservatório e o Museu Militar”, explicou a secretária do Centro, Tatiana Bonatto.

A manutenção da estrutura ocorre por meio de contrato de cedência com uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), formada por pessoas da comunidade, sem vínculos governamentais, que administra o Centro. “Para mantermos a estrutura e custear as despesas, contamos com a mensalidade de associados, de parcerias com a iniciativa privada e do aluguel das salas e espaços para a realização de cursos, treinamentos e palestras. A prefeitura é a nossa principal parceira”, afirmou Tatiana.

Os registros da organização mostram que o Centro Regional de Cultura recebeu mais de 300 mil pessoas em 15 anos de atividades. Somente em 2019, foram 24.282 visitantes. Destes, 6.393, estiveram no espaço para acompanhar oficinas, cursos, espetáculos, exposições, palestras ou ainda para pesquisas e leituras na Biblioteca Pública Municipal. O restante foi de turistas vindos de diversas cidades do Rio Grande do Sul, outros estados e também países como Uruguai, Argentina, Suíça, Estados Unidos e Alemanha. “A nossa maior alegria hoje é poder dizer que o Centro Regional de Cultura Rio Pardo está em pleno funcionamento.

Tudo isso devemos à importante trajetória e interesse dos ex-alunos e alunas do Colégio Auxiliadora, que tiveram como ponto de partida a vontade de restaurar e preservar seu antigo prédio de aulas, outrora Escola Militar”, disse Tatiana.

O centro é um Ponto de Cultura do Rio Grande do Sul e possui um plano de trabalho a ser executado. Para cumprir as atividades dentro do prazo este ano e diante das restrições com a pandemia, a alternativa foi adaptar a agenda de ações presenciais. Assim, as palestras foram transformadas em lives voltadas para a história de Rio Pardo, sobre a chegada dos açorianos, a origem do município e o Forte Jesus Maria José, além de algumas sobre empreendedorismo cultural e música. A programação online ainda incluiu uma exposição virtual sobre as lendas locais e oficinas de instrumentos musicais. As visitações ao Centro Regional de Cultura acontecem de segunda a sexta-feira, das 8h30 ao meio-dia e das 13h30 às 17 horas.


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