Cerca de 24 mil clientes da CEEE Equatorial permanecem sem energia elétrica neste sábado pós-temporal

Cerca de 24 mil clientes da CEEE Equatorial permanecem sem energia elétrica neste sábado pós-temporal

São clientes de Porto Alegre e regiões Metropolitana, Carbonífera e Sul do Estado; Na Capital, falta de luz afeta estação do DMAE

Correio do Povo

Parte de prédio abandonado desabou, causando ferimento em três moradores de rua abrigados no local durante o temporal

publicidade

Os efeitos do temporal que causou prejuízos em Porto Alegre e regiões Metropolitana, Carbonífera e Sul do Estado na noite da Sexta-Feira Santa ainda são sentidos neste sábado. Pelo menos seis semáforos permaneciam fora de operação no início desta tarde, clientes da CEEE Equatorial seguiam sem energia elétrica e três bairros da zona sul da Capital enfrentavam problemas no abastecimento de água.

A CEEE Equatorial trabalha para normalizar o fornecimento a 24 mil clientes em Porto Alegre, Alvorada, Viamão, Guaíba, Camaquã e também em outros municípios das regiões Carbonífera e Centro-Sul do Estado, contudo, não há previsão para a conclusão dos serviços. Na noite de ontem, 60 mil unidades ficaram sem energia.

Segundo a concessionária, mais de 50 equipes estão nas ruas “trabalhando com agilidade para normalizar a situação o mais rápido possível”, diz, em nota.

Nesta tarde, ao menos uma estação do Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE) permanecia desativada em Porto Alegre por conta da falta de energia. Os bairros Belém Novo, Chapéu do Sol, Ponta Grossa e Lami, abastecidos pelo reservatório Boa Vista, estão sob risco de desabastecimento até que a luz seja religada.

Estragos em poucos minutos de chuva

A chuva forte e a ventania, que chegou a 80km, também causou quedas de árvores. A rua Vasco da Gama, no bairro Rio Branco, teve bloqueio total próximo do IPA. Parte de um prédio desabitado na rua Riachuelo, no Centro Histórico de Porto Alegre, desabou, causando ferimentos em três pessoas.

No bairro Alto Teresópolis, na zona sul, parte do telhado da UniRitter foi arrancada com a força do vento, mas ninguém ficou ferido. A estrutura atingiu uma parada de ônibus, causou danos em postes e deixou fios de energia elétrica e telefonia caídos.

O vento deixou embarcações à deriva no Guaíba e ao menos sete tripulantes precisaram ser resgatados. Em um dos incidentes, próximo ao Anfiteatro Pôr do Sol, duas vítimas foram retiradas pelos bombeiros, sem ferimentos.

Conforme a MetSul Meteorologia, as rajadas de vento no Aeroporto Salgado Filho atingiram 72 km/h, entretanto, por conta da topografia da Capital, outros bairros da cidade tiveram rajadas de maior intensidade. Alguns voos programados para pousar no aeroporto tiveram dificuldades devido à força do vento e enfrentaram turbulência severa durante a aproximação. Alguns arremeteram e decidiram alternar para outros aeroportos, como o Hercílio Luz, em Florianópolis.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895