Cerca de 3 mil pessoas seguem sem água e sem luz na zona rural de Cerrito

Cerca de 3 mil pessoas seguem sem água e sem luz na zona rural de Cerrito

Após chuva na madrugada de quinta-feira, CEEE Equatorial ainda não deu previsão de restabelecimento da luz elétrica no município

Vitória Miranda

Prefeitura de Cerrito conta com ajuda do Exército para restaurar fornecimento de água no interior.

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Pelo menos 250 casas foram destelhadas e 30 postes caíram em Cerrito, no Sul do Estado, durante o temporal com ventos de até 120 km/h que atingiu o Rio Grande do Sul na madrugada de quinta-feira. Dentre as casas danificadas, quatro ficaram completamente destruídas e 10 pessoas estão desabrigadas, sendo acolhidas em casas de familiares. O município está em estado de emergência.

Cerca de 3 mil pessoas que vivem na zona rural ainda estão sem acesso a água e luz. Em contato com a CEEE Equatorial, a prefeitura de Cerrito relatou que não recebeu qualquer previsão de restabelecimento da luz no interior no município. Na zona urbana, em torno de 50 casas também seguem sem energia elétrica, mas a situação desses moradores deve se normalizar ainda hoje, conforme expectativa da prefeitura.

A equipe de reportagem do Correio do Povo fez contato com a CEEE Equatorial para incluir posicionamento da companhia e está aguardando retorno até o momento.

Um homem de 45 anos, morador da localidade de Vila Freire, zona rural de Cerrito, segue internado no Pronto Socorro de Pelotas, com ferimentos na região da cabeça. A casa em que o cidadão estava desabou durante o temporal. Segundo informações da prefeitura, ele não sofreu fraturas, somente ferimentos que necessitam de atenção.

De acordo com o prefeito de Cerrito, Douglas Silveira, duas equipes da prefeitura seguem fazendo buscas no interior da cidade para averiguar estragos e destelhamentos. “O número de casas destelhadas ainda pode aumentar. A Prefeitura ainda está com duas equipes fazendo buscas no interior, mas ainda não foi possível chegar em todas as localidades”, explicou.

Prejuízos na estrutura dos colégios devem causar antecipação do recesso escolar

O temporal também causou estragos em três escolas municipais e uma escola estadual da zona rural. Segundo o prefeito, os prejuízos da rede municipal de educação somam aproximadamente R$ 500 mil reais. Na Escola Municipal Jaime Faria, porém, houve um dano maior causado pela queda da quadra poliesportiva, obra que custou em torno de R$ 1 milhão e 200 mil reais. A prefeitura estava construindo um complexo esportivo no local, que se encontrava em obras.

O prefeito pretende reunir o conselho de educação nesta segunda-feira e sugerir a antecipação do recesso de julho, diante dos estragos causados nas escolas.

Caminhões do Exército suprem falta de água na zona rural

O fornecimento de água está interrompido na zona rural por conta da falta de luz, mas também porque cinco reservatórios de 10 mil litros, que abasteciam a região, foram destruídos durante a chuva. “Nós estamos repondo esses reservatórios semana que vem e vamos tentar atender talvez com gerador para botar intermitente a água nessas residências, mas aí precisamos acertar os reservatórios primeiro”, relatou Silveira.

Como solução temporária, a prefeitura está recebendo suporte do 8º Batalhão Logístico do Exército, que está deslocando tanques de água para abastecer a zona rural do município.


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