Cercamento do parque Chico Mendes, em Porto Alegre, está com 90% da obra concluída

Cercamento do parque Chico Mendes, em Porto Alegre, está com 90% da obra concluída

Parque localizado na Zona Norte da cidade é o único da cidade a ganhar cercamento no entorno

Felipe Faleiro

Parque localizado na Zona Norte da cidade é o único da cidade a ganhar cercamento no entorno

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O cercamento de parques em Porto Alegre está avançando na única frente existente, no Chico Mendes, entre os bairros Jardim Leopoldina e Chácara da Fumaça, na zona Norte da Capital. De acordo com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (Smamus), é a única obra do tipo realizada, e está 90% concluída, com previsão de conclusão até o final do ano. O assunto das cercas, que no passado gerou polêmicas e trocas de acusações, agora está mais próximo de um consenso.

O cercamento do Parque da Redenção chegou a estar no radar do governo municipal, o que posteriormente foi descartado pela gestão Melo após inúmeras manifestações contrárias. Porém, a Prefeitura mantém abertos o projeto de concessão deste e do Calçadão do Lami, o lote 1, além do Parque Marinha do Brasil e trecho 3 da orla do Guaíba, o lote 2. A população ainda pode opinar às respectivas consultas públicas. No caso do Parque Chico Mendes, a ideia, segundo a Smamus, é substituir a atual cerca por uma mais resistente, de gradil de concreto, e ampliar a área cercada para quase 3 mil metros lineares.

Os restantes 10% não podem ser cercados por serem áreas de portões, manejo vegetal e habitação. Estão sendo investidos R$ 1,8 milhão em recursos próprios, oriundos do Fundo de Gestão do Território. O Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS) segue também analisando as minutas dos editais. Caso eventuais novos projetos sobre cercamento sejam apresentados, os mesmos não precisarão mais de plebiscito, após a aprovação, em 2021, de projeto do vereador Felipe Camozzato.

Já mudanças em propostas ficarão a cargo do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano Ambiental (CMDUA), vinculado à Smamus. O cercamento foi inicialmente justificado pelo aumento generalizado de furtos de fios e cabos de energia elétrica em parques como o Moinhos de Vento, o que causa preocupações com a segurança dos frequentadores. No ano passado, o prefeito Sebastião Melo disse que apenas a reposição dos 56 refletores da iluminação cênica alusiva aos 250 anos da Capital, furtados na Redenção, custariam R$ 600 mil aos cofres públicos.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895