Chapecó sedia encontro do Codesul

Chapecó sedia encontro do Codesul

Estiveram presente no encontro autoridades de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul

Agostinho Piovesan

O governador de Santa Catarina, Carlos Moisés, coordenou o encontro

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A cidade de Chapecó sediou, nesta segunda-feira, o encontro do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul). A reunião teve a presença do presidente do conselho e governador de Santa Catarina, Carlos Moisés da Silva, além do prefeito João Rodrigues, do governador do Paraná, Carlos Roberto Massa Júnior, o vice-governador do Rio Grande do Sul, Ranolfo Vieira Júnior e o secretário de Desenvolvimento Econômico e Sustentável do Mato Grosso do Sul, Jaime Verruck.

Durante o evento, foram assinados protocolos de intenções, entre eles um termo de cooperação técnico para cessão do Sistema Integrado de Monitoramento e Alertas de Desmatamento (Simad), desenvolvido em Santa Catarina, que começou a operar no final do ano passado e será cedido para os demais estados.

Também foram encaminhadas a criação de grupos de trabalho para estudos de rodovias e ferrovias integradas, de um serviço púbico de loterias e um plano estratégico 2022/2026 do BRDE, entre outros assuntos.

Durante o encontro, o governador Carlos Moisés anunciou a autorização de dois editais de lançamento de projetos para novas ferrovias, no valor de R$ 40 milhões. Um deles é o Corredor Ferroviário Catarinense, que ligará Chapecó a Correia Pinto, num trecho de 319 quilômetros. O outro é a Ferrovia Interportos, ligando Itajaí a Araquari, num trecho de 72 quilômetros.

Também foi assunto do encontro a ligação da Ferroeste, de Cascaval (PR) até Chapecó, num trecho de 286 quilômetros, com custo estimado de R$ 6 bilhões. Segundo o prefeito, João Rodrigues, esta é uma importante demanda da região, principalmente para abastecer as agroindústrias do Oeste catarinense, que necessita trazer milho de outras regiões. “Chapecó se sente muito prestigiada e lisonjeada por sediar um encontro tão importante e a implantação de um ramal da Ferroeste é fundamental para manutenção do polo agroindustrial do Oeste de Santa Catarina”, observa Rodrigues.

Carlos Moisés destacou que as ferrovias podem baratear em até 20% o custo do transporte. Foi citado pelo governo catarinense, que anualmente, mais de 100 mil caminhões são necessários para buscar milho em outros estados e até outros países. Neste ano, devido à estiagem, este número será ainda maior. Santa Catarina vai produzir menos de dois milhões de toneladas, para um consumo superior a 6,5 milhões de toneladas de milho. Carlos também lembrou que Santa Catarina é responsável por mais da metade das exportações de suínos do Brasil e Chapeco é responsável por quase 30% dos abates de suínos catarinenses que são exportados. Chapecó foi a primeira cidade que não é capital a sediar o encontro dos governadores.


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