Chuva ameniza situação, mas ainda não acaba com o racionamento em Bagé

Bagé, a principal cidade da campanha, certamente foi um dos municípios que mais sofreu com a estiagem. Enfrentando racionamento no fornecimento de água desde janeiro deste ano, a população começa a ter esperança de a situação melhorar em função das chuvas que caem desde o início do mês de forma praticamente constante. Lembrando que desde o último dia 2 de maio o racionamento passou a 18 horas diárias em todo o município, com a cidade dividida em dois setores. 

Conforme o Departamento de Água e Esgotos de Bagé (DAEB) desde o início do mês, até as 9h deste domingo choveu 137,4 milímetros. Sendo que na Estação de Tratamento de Água choveu 18,5 milímetros, e nas Barragens Sanga Rasa 15 milímetros, Piray 11 milímetros e Emergencial 19 milímetros. Antes de começar a chover, o déficit hídrico nas barragens era de 400 milímetros. 

O diretor da autarquia, Franco Alves acredita que nesta segunda-feira, quando é realizada a medição das barragens, elas devem apresentar em torno de um metro de recuperação. “Isto é importante para iniciar uma recuperação, mas não acaba com o racionamento, que deve terminar somente quando elas se recuperarem totalmente”, garante. 

Ele projeta que com quatro a cinco meses chovendo mais de 100 milímetros, a Sanga Rasa, que é a principal barragem da cidade, deve se recuperar. “Conforme os níveis das barragens aumentando devemos reduzir o racionamento”, confirma. Alves acredita que com as chuvas do final de semana a cidade deva ter água para os próximos 40 dias. “Por isto, mesmo com a chuva, que nos ajuda a recuperar os reservatórios, é importante que as pessoas economizem e não disperdessem. Podem juntar água da chuva para o banheiro”, exemplifica. A Sanga Rasa, que já chegou a 10,10 metros abaixo do vertedouro neste sábado, estava 9,25 metros abaixo do nível normal, a Piray 5,70 metros e a Emergencial estava cheia. Uma nova medição está programada para ocorrer nesta segunda-feira.