Chuva chega em Porto Alegre, mas não deverá diminuir impacto da estiagem

Chuva chega em Porto Alegre, mas não deverá diminuir impacto da estiagem

Segundo a MetSul, cenário no estado não muda, mas novas precipitações são esperadas para a segunda metade da semana

Christian Bueller

Segundo a MetSul, cenário no estado não muda, mas novas precipitações são esperadas para a segunda metade da semana

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A tão aguardada (e prevista) chuva começou a cair um pouco antes das 15h em Porto Alegre, nesta terça-feira. Os primeiros pingos molharam prédios, casas e asfalto, primeiramente, na Zona Norte da Capital. Logo em seguida, a cidade toda foi tomada por nuvens carregadas, que surpreenderam muitas pessoas. No Centro Histórico, era possível ver homens e mulheres se esgueirando sob marquises ou tomando banhos involuntários já que muitos não tinham guarda-chuvas às mãos.

Mal iniciou a chuva e alguns danos ocorreram, como uma árvore de grande porte caiu sobre o portão de um prédio na rua Cônego Viana, bairro Rio Branco, deixando fios energizados sob a via. Ninguém ficou ferido, mas a via precisou ser totalmente bloqueada por agentes da Empresa Pública de Transporte e Circulação de Porto Alegre (EPTC), que sinalizaram o local, o tronco atravessou a rua. Em seguida outra equipe da foi acionada por conta de um semáforo em amarelo piscante no cruzamento entre as avenidas Ipiranga e João Pessoa.

Foto: Ricardo Giusti

Passando das 16h, a chuva enfraqueceu, mas foi possível ouvir trovoadas em diversos pontos da cidade. A temperatura caiu cerca de dez graus em relação aos quase 40 graus de segunda e o início da terça-feira. A previsão meteorológica dá conta de novas precipitações mais intensas devem ocorrer entre 17h e 18h, e não somente da Capital. A MetSul Meteorologia refoça o alerta que esta terça-feira tem um risco muito elevado de ocorrência de temporais em todo o Rio Grande do Sul. Há possibilidade de algumas tempestades fortes a severas que têm potencial de causar danos graves. A maior preocupação é o risco de vendavais localizados que podem ter rajadas localmente intensas.

A chuva, embora possa ser localmente forte e volumosa, não será suficiente para trazer maior impacto na estiagem, conforme a MetSul. O déficit de precipitação é muito alto e para que houvesse uma mudança de cenário no estado seriam necessários vários dias seguidos de chuva generalizada, persistente e com volumes altos, o que não ocorrerá. A previsão é de chuva na esmagadora maioria das cidades gaúchas entre esta terça e quarta-feira, entretanto, os volumes vão variar muito de um ponto para o outro.

Por isso, haverá vários pontos em que pouco deve chover, com marcas que não devem exceder 10 mm ou 20 mm, enquanto em algumas localidades os acumulados podem ser muito altos em curto período, sobretudo acompanhando temporais, com 30 mm a 50 mm ou mais, em menos de três horas, o que no caso de áreas urbanas traz risco de alagamentos.

A boa perspectiva da MetSul é de que, na segunda metade da semana, se espera um novo evento de precipitação. Entre quinta e sexta-feira, uma frente fria de maior atividade que precede uma massa de ar frio e seco vai avançar pelo estado com chuva e novamente o risco de temporais isolados.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895