Chuva em Uruguaiana em quatro dias somou 88,1% da média histórica para janeiro

Chuva em Uruguaiana em quatro dias somou 88,1% da média histórica para janeiro

Árvores tombaram sobre casa e veículo em bairros da cidade

Fred Marcovici

Árvore tomba sobre Celta parado no bairro São João

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A chuva e o céu nublado persistem na Fronteira-Oeste do RS resultando em temperaturas amenas e umidade de 98%, próximo ao ponto de orvalho.

De acordo com o setor de meteorologia da Defesa Civil de Uruguaiana, desde o último domingo a precipitação já somou 121,6 mm podendo variar conforme o ponto de aferição.

O volume representa 88,1% do total da média histórica para o mês de janeiro que é de 138 mm, em apenas quatro dias.

Em algumas localidades da zona rural do município os índices foram diferenciados ainda seguindo a mesma tendência do perímetro urbano.

A chuva mansa com eventuais pancadas acompanhadas por rajadas de ventos de 30 km/h, mantém os termômetros entre os 20.6ºC e 21.4ºC no período.

Na terça e quarta-feira não houve pouso e nem decolagem dos voos de carreira no Aeroporto Internacional Rubem Berta, devido às formações de nuvens cumulonimbus no trajeto entre Porto Alegre e Uruguaiana obrigando as aeronaves retornarem à cidade de origem.

De acordo com os bombeiros, a corporação foi acionada devido aos ventos que alcançaram ontem 30 km/h, havendo a queda de galhos sobre uma casa na rua Flores da Cunha, bairro Mascarenhas de Moraes e uma árvore caiu em um carro Celta, na rua Venâncio Aires, bairro São João.

O asfaltamento em andamento de vias da cidade, no bairro Prolar, ruas Sarandi e Monteiro Lobato, permanece suspenso devido ao mau tempo. Houve alagamentos pontuais na área periférica da cidade.

Na agropecuária, segundo o extensionista-chefe do escritório da Emater em Uruguaiana, Emanoel Torres Nunes, sempre a chuva é boa.

Porém, ressalva que para quem já plantou toda área da cultura que produz, a sequência de dias nublados e umidade em excesso, dependendo do estágio da lavoura, pode provocar o atraso no desenvolvimento da planta.

“Para o pasto nativo a chuva é excepcional. Embora reduza, moderadamente, o ritmo de crescimento do campo por depender da insolação”, diz.

Em Itaqui, o mau tempo tem gerado o atraso na finalização do plantio da soja e na colheita do milho, conclui Nunes.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895