Chuvas apagam incêndios recorde no Pantanal

Chuvas apagam incêndios recorde no Pantanal

Inpe informou que região não tem mais focos ativos

AFP

Cerca de 6% da vegetação foi atingida

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As chuvas que caíram nos últimos dias na região central do Brasil apagaram os incêndios recorde que castigavam o Pantanal, segundo análises de imagens de satélite divulgadas nesta segunda-feira. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontou que a região do Pantanal, que teve quase um milhão de hectares queimados este ano, não tem mais focos ativos.

Os incêndios bateram um recorde histórico para o mês de novembro, com 3.957 acumulados segundo dados disponíveis até domingo, quase nove vezes mais que a média histórica para todo o mês. A região, que abriga grande diversidade de fauna e depende do ecoturismo, foi cenário de incêndios severos por várias semanas devido, sobretudo, à forte seca.

Segundo a ONG Instituto Centro de Vida (ICV) ao menos 6% do Pantanal, ao sul da Amazônia Legal, foram alcançados pelas chamas. O pior registro para um mês de novembro completo era de 2022, quando foram detectados 2.328 focos.

A maior parte da área queimada este mês foi a que corresponde ao estado de Mato Grosso. Segundo especialistas, os incêndios recorrentes no Pantanal são causados principalmente pela ação humana, especialmente o uso de queimadas controladas para regenerar ou aumentar os terrenos agrícolas. Mas a situação se agravou neste fim de ano pela seca que castiga várias regiões do país, inclusive a Amazônia, maior floresta tropical do planeta.

O Pantanal se estende por uma superfície de mais de 170.000 km2 nos territórios de Brasil, Bolívia e Paraguai. Segundo o Fundo Mundial para a Natureza (WWF), vivem no bioma 656 espécies de aves, 159 de mamíferos, 325 de peixes, 98 de répteis, 53 de anfíbios e mais de 3.500 espécies de plantas.


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