Ciclone extratropical provoca ressaca no Litoral Norte do RS
Em Imbé e Capão da Canoa, o mar ficou agitado e invadiu parte do calçadão
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Um ciclone extratropical que se formou de sexta-feira para sábado provocou ressaca marítima no Litoral Norte do Rio Grande do Sul durante a madrugada de domingo. Em Imbé e Capão da Canoa, o mar ficou agitado e invadiu parte do calçadão e da faixa de areia. A força da água danificou guarita de salva-vidas em Capão da Canoa.
De acordo com a Metsul Meteorologia, embora o centro da tempestade no mar não chegue a nenhum ponto do Brasil, os efeitos de um sistema de tão grande escala repercutem numa extensa área do Sul e do Sudeste do território brasileiro. O prefeito de Imbé, Ique Vedovato, afirma que até o momento nenhum comerciante reportou problemas por conta da agitação das águas durante a madrugada. “A ressaca foi forte, mas à beira-mar não teve nenhum dano, porque a gente colocou uma contenção no calçamento que protegeu bastante a área de acesso a barcos, onde sempre tinha dano quando tinha ressaca”, explica. Conforme Vedovato, a prefeitura mantém equipes de prontidão para atendimento da população.
Vídeo da madrugada deste domingo mostra força da ressaca que atingiu praia de Imbé
— Correio do Povo (@correio_dopovo) April 2, 2023
Vídeo: Renato Dias / Correio do Imbé / Especial / CP pic.twitter.com/OUIZQV1w0N
Registro mais amplo mostra situação em Imbé na manhã de hoje depois de ressaca. Após período mais intenso de agitação, ondas vão voltando à normalidade
— Correio do Povo (@correio_dopovo) April 2, 2023
Vídeo: Alina Souza (@alinasouzafoto) pic.twitter.com/jseRMovTyJ
Segundo ciclone em menos de dez dias
A meteorologista Estael Sias, da Metsul Meteorologia, explica que este é o segundo ciclone em menos de dez dias. Ela afirma que esse ciclone é mais intenso e profundo, embora esteja distante da costa. “É um sistema meteorológico que tem pressão muito baixa no centro. E o vento circula no sentido do relógio em torno desse centro de baixa pressão dentro do oceano. É como se tivesse uma bacia de água e um ventilador jogando água de um sentido para outro. Faz o movimento de ‘empilhar’ água no sentido oposto”, ressalta.
Conforme Estael, essa circulação de vento do ciclone vai empurrando água do mar junto à costa. “É um processo que levou algumas horas, porque o ciclone se formou de sexta-feira para sábado. E domingo a gente tem esse efeito da ressaca no litoral”, completa, destacando a intensidade e o posicionamento do ciclone.