Ciclone no RS: Mais de 15,5 mil pessoas seguem desalojadas e contam com doações

Ciclone no RS: Mais de 15,5 mil pessoas seguem desalojadas e contam com doações

Rodovias estaduais e federais seguem com pontos de bloqueio em diversas regiões do Estado

Kyane Sutelo

Doações são organizadas no município de Caraá, no Litoral Norte.

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O Rio Grande do Sul ainda conta com desabrigados, além de pontos de rodovias interditadas, devido ao ciclone que atingiu o Estado na última quinta-feira. Entre as consequências do fenômeno estão 16 mortes: 5 em Caraá, 3 em Maquiné, 2 em São Leopoldo, 2 em Gravataí, 1 em Bom Princípio, 1 em Novo Hamburgo, 1 em Esteio e 1 São Sebastião do Caí. Atualmente, não há mais buscas por desaparecidos. 

Foram mais de 200 milímetros de chuvas que causaram inundações e enxurradas, em rios como o dos Sinos, Gravataí, Caraá, Maquiné e arroios. Residências inteiras foram carregadas devido à força das águas, deixando pessoas desalojadas e ocasionando mortes. Uma semana após a tragédia, a maioria dos municípios já conseguiu restabelecer o abastecimento de água e de luz, mas ainda precisa resolver problemas estruturais e humanitários.

Conforme a Defesa Civil Estadual, em solo gaúcho ainda há 1.619 desabrigados, pessoas que perderam suas casas e precisaram de abrigo do poder público, e 15.550 desalojados, termo que identifica quem perdeu sua casa ou precisou deixá-la, mas está abrigado junto a parentes ou amigos. Eles estão recebendo apoio das autoridades e da população, incluindo doação de alimentos.

Em diversos municípios gaúchos ainda há bloqueios totais e parciais em rodovias federais e estaduais, devido a consequências da passagem do ciclone. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM) atualizam constantemente os pontos com interdição.

Interdições totais e parciais de rodovias

Conforme a PRF, duas rodovias federais têm bloqueios. Em Nova Petrópolis, no quilômetro 181 da BR 116, há interdição total em função de queda de barreira. Já em Montenegro, no quilômetro 418, da BR 386, há interdição parcial, na faixa da direita no sentido Capital-interior. São 200 metros de bloqueio nesse caso e a faixa da esquerda segue livre. 

O CRBM informou que quatro rodovias estaduais têm bloqueio total. No quilômetro 7 do Acesso 9060, que liga Santo Antônio da Patrulha a Caraá, a ponte caiu e o desvio deve ser feito pela rodovia municipal. Também houve queda de ponte em Santo Antônio da Patrulha, no quilômetro 3 da ERS 474. Os desvios são: para quem vai ao município pela BR-290, pela rua Alzemiro Silva de Oliveira e pela avenida Afonso Porto Emerim, até o centro, e, no sentido contrário, pela rua Capitão José Machado da Silva ou pela ERS-030, no centro de Santo Antônio da Patrulha.

Em Três Cachoeiras, também há bloqueio total no quilômetro 7 da ERS 494, onde a cabeceira da estrutura cedeu. O desvio indicado é pelo município de Praia Grande, em Santa Catarina. Em Alto Feliz, no quilômetro 9,1 da VRS 826, ocorreram rachaduras na pista e os motoristas foram orientados a desviar pela ERS 122 ou ERS 452 até Feliz, para chegarem ao município vizinho. Em Morro Reuter, no quilômetro 1 da VRS 873 a rodovia está interditada para preservar a segurança dos motoristas, pois ocorre a finalização da limpeza do trecho com jato d'água, que deixa a pista escorregadia.

Um ponto tem bloqueio parcial, conforme o CRBM. Em Vale Real, o quilômetro 16 da ERS 452 teve queda de barreira e conta com interdições temporárias, de, aproximadamente, 10 minutos. 


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895