Ciclone: Secretário promete conclusão de obras no interior do RS até este fim de semana

O secretário de Logística e Transportes do Estado, Juvir Costella, afirmou nesta quarta-feira que o governo gaúcho deve solucionar até este fim de semana os problemas de escoamento de águas pluviais e fluviais causados pelo ciclone em cidades como Caraá, Maquiné, Três Cachoerias e Santo Antônio da Patrulha. Em palestra no Conselho Deliberativo da Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul (Sergs), em Porto Alegre, Costella afirmou que o temporal danificou pontes e rodovias e provocou prejuízos avaliados em R$ 30 milhões.

Costella explicou que o ciclone causou danos em pontes localizadas na RS 474, da RS 494, da RS 030. Essas rodovias pegam Caraá, Maquiné, Três Cachoeiras, Santo Antônio da Patrulha. “Uma delas já está com a passagem molhada concluída, na RS 030, em Caraá. A de Santo Antônio da Patrulha, da RS 474, também, se o tempo nos permitir, já até esse final de semana também deve ser concluída a passagem molhada para fazer a travessia pela 474. E a RS 494, até o final de semana, em Três Cachoeiras, pretendemos concluir a passagem da ponte”, garantiu.

Segundo Costella, o governador Eduardo Leite determinou, a partir de processo emergencial, a contratação de um projeto para a construção de uma ponte definitiva. Entre as metas da gestão, Costella ressaltou que até 2026 a ideia é concluir 100% dos acessos ou garantir que eles estejam com, no mínimo, 80% das obras finalizadas. “Quando assumimos tinha 62 municípios sem acessos, já temos 16 deles concluídos 18 em obras e 10 em fase de conclusão de projetos e mais 18 já em preparação para o ano que vem temos os projetos atualizados e com isso licitar também início de obras”, afirmou.

Ele afirmou que as ações previstas pelo governo devem atender todas as regiões. “A expectativa é de termos já esse ano, para o segundo semestre, R$ 170 milhões já determinados pelo governador em investimentos, em ligações, acessos, recuperação de rodovias. E também esperamos que, com a conclusão da Corsan, o Estado possa ter também uma capacidade maior de investimento nas estradas”, completou. Costella salientou que o Estado também busca reforçar os investimentos em ferrovias e hidrovias.

O presidente da Sergs, Walter Lídio Nunes, afirmou que o RS precisa desenvolver o que chama de competitividade sistêmica para alavancar a economia e aumentar a sua inserção no mercado global. “É assim que os países que cresceram e desenvolveram têm essas estratégias. No Brasil essas estratégias são muito ações individuais, varejistas, do que propriamente um desdobramento de agenda de estado. No RS, especificamente, o governo está procurando estruturar agenda de estado para resolver esses fatores que reduzem a compertitividade do estado. A logística é uma delas”, alertou.

Conforme Nunes, é preciso trabalhar questões como o uso das hidrovias e os terminais. “Isso tudo tem que ser feito com agilidade, porque no RS todos os projetos novos têm levado muito tempo entre a ideia surgir e ela ser implementada. Por muita burocracia, por muitas coisas que o estado está procurando tratar e resolver”, completou.