Cidades da Região Sul aderem a Programa para a construção de cisternas

Cidades da Região Sul aderem a Programa para a construção de cisternas

A iniciativa tem objetivo que as comunidades não sofram os efeitos de uma possível nova estiagem

Angélica Silveira

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No ano passado ocorreram chuvas intensas no Rio Grande do Sul e a zona sul foi um dos locais atingidos. No entanto, há pouco mais de um ano o problema era outro, a estiagem. Meteorologistas da Metsul já preveem um novo período sem chuvas e a região é uma das áreas do Estado que poderá ser atingida. Para minimizar os efeitos de uma possível seca, 15 prefeituras de cidades que integram a Associação dos Municípios da Zona Sul aderiram ao Programa para a construção de Cisternas do Governo Federal.

Serão investidos R$ 1,5 milhão, por meio do Ministério do Desenvolvimento, Assistência Social, Família e Combate à Fome para a construção de 209 cisternas pequenas propriedades da zona sul. O contrato é entre o Consórcio Público do Extremo Sul (Copes)e o Instituto Cultural Padre Josimo, que prevê a implementação de tecnologias sociais de acesso à água para consumo humano e para a produção de alimentos e/ou dessedentação animal a famílias de baixa renda e residentes na zona rural.

Para participar é necessário ter cadastro único e carência hídrica. Além das estruturas para reserva de água, as famílias beneficiadas vão participar de programas educativos para tirar o melhor proveito da estrutura e também vão receber filtros de barro para tratamento da água destinada ao consumo humano.

Conforme o presidente do Copes e Prefeito de Turuçu, Ivan Scherdien, o programa é de interesse regional, uma vez que as estiagens castigam a população residente nas zonas rurais, colocando famílias em condições difíceis para ter acesso a água tanto para o consumo próprio quanto para os animais. "Um investimento importante, que vai fazer a diferença no que diz respeito às condições de vida do homem do campo, bem como, na valorização de quem produz. É uma política pública que beneficia na ponta", opina.

Bagé

Bagé, na Campanha passou por diversos racionamentos nos últimos anos, não tendo que adotar a medida somente neste verão, em função das chuvas de 2023. O Departamento de Água Arroios e Esgoto de Bagé (DAEB) vê com atenção uma possível nova estiagem, apesar de ainda estar tranquilo em relação ao abastecimento de água na cidade, uma vez que nesta época do ano o nível das barragens é considerado satisfatório.

A Barragem Emergencial está cheia, a do Piraí está apenas 50 centímetros abaixo do normal e a Sanga Rasa está com 2,10 metros negativos. Mas mesmo com a situação favorável , a autarquia segue realizando campanhas de conscientização do uso racional da água e mantém o monitoramento dos níveis das chuvas. Em fevereiro, até esta quarta-feira, choveu 31,7 milímetros.


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