Coletivo protesta contra captura de animais em bar da Redenção

Em manifestação contra a captura de animais silvestres, o Coletivo Preserva Redenção se reuniu na noite desta quinta-feira, 08, no parque da Redenção. 25 membros do grupo participaram do protesto que ocorreu em frente ao Refúgio do Lago, localizado no referido parque.

Um dos administradores do coletivo, Jarbas de Araujo, explicou que a grande maioria dos integrantes do Preserva é frequentadora assídua do parque e que na tarde desta quinta-feira, um deles, em momento de lazer, passeando em volta do Refúgio do Lago avistou três armadilhas de captura de animais como gambás e mãos peladas. “A gente quer que a flora e a fauna da Redenção sejam preservadas, mostrar para a opinião pública o quão absurda é essa ideia de conceder um parque desses, patrimônio material e imaterial para a iniciativa privada, chamar a atenção, para além da sociedade civil, para as autoridades para que alguma medida seja tomada nesse sentido”, enfatizou.

Durante o protesto, o grupo foi recebido pelo gerente do bar que questionou a indagação realizada, dizendo que o coletivo não é um órgão fiscalizador para fazer a abordagem. No entanto, manifestantes destacaram o direito como cidadãos em obter transparência sobre as armadilhas encontradas no empreendimento. O coletivo também pontuou que o parque é o próprio ambiente dos animais, o que não justificaria removê-los dali para outro lugar.

A Bióloga e Mestre em Biologia Animal pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Hosana Piccardi, questionou se o bar possui alguma estimativa da população dos animais que vivem na cidade, nas zonas urbanas e que desempenham papéis fundamentais no ecossistema, como o controle de pragas, como escorpiões e outros insetos, além de atuarem na dispersão de sistema. Logo, de acordo com Hosana, qualquer tentativa de remoção de animais em espaços como a Redenção, necessita de dados amparados em análises técnicas e de todo um processo comandado por profissionais qualificados.