Começa a negociação entre Sindicato e Consórcio de Empresas de Transporte Coletivo de Pelotas
Após uma reunião sem acordo, com a mediação do TRT-4, Prefeitura se compromete a dar uma resposta na próxima audiência
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O Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região realizou, nesta segunda-feira (18/03), mediação entre representantes dos rodoviários e do consórcio que opera o transporte coletivo em Pelotas. A sessão foi conduzida pelo vice-presidente do TRT-4, desembargador Alexandre Corrêa da Cruz, com a participação da juíza auxiliar da Vice-Presidência, Luciana Caringi Xavier.
Entre as reivindicações dos trabalhadores, está a criação de uma categoria para os motoristas que acumulam a função de cobradores, com reajuste de 25% para estes profissionais. O sindicato patronal relata que a redução de empregados cobradores reduziu o valor da tarifa cobrada pelo Município, e que o valor atual não suporta o aumento reivindicado.
Depois de um debate conduzido pelo desembargador Alexandre Corrêa da Cruz, os representantes do Município presentes se comprometeram a levar à aprovação da prefeita Paula Mascarenhas a proposta de antecipar de junho para abril o reajuste tarifário que prevê o valor de R$ 6 para as passagens pagas em dinheiro. A passagem em Pelotas custa R$ 5. Pela proposta, esse valor continuaria para pagamentos por meio do cartão do transporte coletivo.
Com esse movimento do Município, os representantes dos rodoviários se comprometeram a não deflagrar greve até a próxima sessão de mediação marcada para sexta-feira . “Tivemos a primeira rodada de negociações no TR4. Não conseguimos trazer uma proposta ontem. Ficou para segunda rodada na manhã de sexta”, explica o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviários de Pelotas e Região, Claudiomiro do Amaral.
Estavam presentes na reunião em Porto Alegre, o representante do Ministério Público do Trabalho o procurador geral Viktor Byruchko Júnior, representantes do Sindicato dos Rodoviários, do Consórcio do Transporte Coletivo de Pelotas (CTPC) e da Prefeitura,
Amaral conta que as empresas trouxeram uma proposta de reajuste repondo a a inflação que é 3.82%, O pedido da categoria é de 6.99%, que é o índice de aumento do salário mínimo para salário e vale alimentação. “.Estamos na expectativa para sexta-feira. Nos comprometemos a não declarar greve até que tenhamos a nova mediação, mesmo estando em estado de greve e para a próxima semana vemos os passos a serem tomados”, pondera.
Para o Secretário Executivo do Consórcio, Enoc Guimarães, toda a negociação que consegue avançar é positiva. “Em função da tarifa que estão no terceiro ano sem reajuste não conseguimos ir além, mas a partir do momento que a Prefeitura analisa a alternativa devemos poder avançar nos próximos dias”, projeta. O consórcio tem em torno de 450 funcionários, destes mais de 150 trabalham como cobradores. “A extinção da função é gradativa, pois tiveram a estabilidade por causa da lei. A exceção é aposentadoria, demissão por acordo”, confirma. Ele lembra que o cálculo tarifário do ano passado, levou em consideração que são 39 cobradores a menos ao custo aproximado de R$ 3,5 mil cada. “Dá uma boa diferença mensal nos custos e tem ajudado a segurar o reajuste tarifário. O cobrador tem 20% de impacto na tarifa, e ganha 2/3 que um motorista, por isto é a mesma desde 2022”, justifica.
