Começa no Largo Glênio Peres a 243ª Feira do Peixe de Porto Alegre

Começa no Largo Glênio Peres a 243ª Feira do Peixe de Porto Alegre

Hoje pela manhã, chamou a atenção a montagem de bancas e a movimentação de consumidores

Felipe Faleiro

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Começou, nesta segunda-feira, a 243ª Feira do Peixe de Porto Alegre, um evento quase tão antigo e tradicional quanto a própria cidade e que movimenta pescadores e consumidores na Semana Santa. Pela manhã, muitas das bancas ainda estavam sendo montadas no Largo Glênio Peres, no Centro Histórico, tradicional ponto de comercialização do pescado, que, por sua vez, tinha seus primeiros exemplares depositados nas gôndolas. A movimentação de famílias e comerciantes em geral era grande.

Na visão do secretário municipal de Governança Local e Coordenação Política (SMGOV), Cassio Trogildo, é esperado um aumento de 10% no volume de comercialização neste ano, na comparação com a edição de 2022. “A Feira do Peixe se confunde com a história da cidade. No ano passado, foram vendidas 286 toneladas de pescados in natura aqui no Glênio Peres”, informou ele. Conforme a SMGOV, o público tanto na feira do Centro Histórico quanto nos bairros Restinga e Belém Novo também foi de 280 mil pessoas, e há também a expectativa de aumento para 2023.

Entre os comerciantes, o sentimento é similar. Além da variedade dos pescados, os preços também são os mesmos de 2022, de acordo com os participantes. “A qualidade está excelente neste ano. Tudo está melhor agora, inclusive a organização e a estrutura em si. Tem tudo para ser uma boa feira”, diz o pescador Fabio Simas de Souza, da Ilha da Pintada, que participa do evento há 18 anos. Ele tem uma banca no Glênio Peres com a esposa, Clarice Moraes de Lima, e os dois filhos, Fabio Lima de Souza e Suelen Lima de Souza. Em 2022, o local vendeu 3 toneladas de pescados.

Uma das primeiras bancas a expor peixes como pintado e tainha hoje pela manhã foi a de Alexandre Machado de Oliveira, também da Ilha da Pintada. Há 30 anos a família participa da Feira do Peixe. “No ano passado, comercializamos duas toneladas. Neste ano, acreditamos que será mais”, afirma ele, que participa da banca com parentes e o filho, Alexandre Nazareth de Oliveira, 14. Os consumidores, ainda tímidos, observavam as variedades. 

“Todo ano venho na feira e me chamou a atenção que esta edição iniciava hoje. Estou de olho nos filés, corvinas, pintados, jundiás. Sempre venho buscar peixe no Mercado Público, não apenas neste período. Faz parte da culinária da família”, comentou o encarregado de serviços Hélio Gabriel de Melo, morador da Vila São José. A 243ª Feira do Peixe segue até a próxima sexta-feira, com 40 bancas disponíveis. Além das variedades frescas, a comunidade poderá degustar os tradicionais peixes na taquara, bolinhos de peixe e peixes fritos, das 8h às 20h.


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