Comissão avalia falta de chuva em Imigrante

Comissão avalia falta de chuva em Imigrante

Sete famílias foram abastecidas com auxílio de um caminhão-pipa

Luciamem Winck

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Uma comissão está avaliando as consequências da falta de chuva em Imigrante. Na primeira reunião entre Secretaria da Agricultura, Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Centro de Referência de Assistência Social (Cras), Emater e Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR), o grupo reuniu dados e vai monitorar semanalmente o cenário. A intenção é minimizar as consequências da estiagem, e se necessário, decretar situação de emergência para obter auxílio aos agricultores. Conforme o coordenador do Cras, André Parleze, sete famílias já estão recebendo água potável de caminhão-pipa. “Conforme dados dos Bombeiros Voluntários Imicol, desde o dia 1º foram distribuídos 153 mil litros de água, correspondendo a 36 cargas”, aponta Parleze.

O presidente do STR, Sildo Meier, relata que, em alguns pontos, o Arroio da Seca parou de correr. O secretário das Agricultura, Gilnei Dahmer, disse que o primeiro plantio de milho teve um rendimento considerado satisfatório. “A seca deste verão iniciou mais tarde do que a anterior. A primeira colheita foi boa. O que nos preocupa é o milho plantado em outubro e novembro, além da soja. A produtividade do milho safrinha também está em risco. Caso não chova nas próximas semanas, as lavouras de soja poderão ser totalmente perdidas”, disse Dahmer.

O engenheiro agrônomo da Emater, Maciel Budde, explicou que Imigrante possui 150 hectares plantados de milho em grão, mais 1.250 hectares do milho silagem. A soja ocupa 120 hectares do solo. “Neste momento temos uma perda estimada em 20% no milho. Caso não chova, essa perda pode ultrapassar os 30%. A soja foi plantada em novembro. Algumas chuvas podem reavivar a planta, mas a falta dela pode ocasionar perda total na lavoura”, disse. Lembrou que a Emater, em parceria com a Secretaria da Agricultura, possui um programa de recuperação de vertentes.

O programa é voltado para quem quer recuperar um veio d’água, e assim amenizar o desabastecimento principalmente nessa época do ano. O município custeia até R$ 1.200,00 do material necessário para a estrutura da vertente. Cabe à Emater a assistência técnica. Na propriedade de Herbert Magedanz, a água serve para matar a sede das 26 vacas. “Estamos buscando canalizar a água para cima, puxada por uma bomba. Ela também vai servir para abastecer o aviário”, disse o filho de Herbert, Jeferson Magedanz.


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