Conferência Municipal do Meio Ambiente discute desafios de sustentabilidade em Porto Alegre

Conferência Municipal do Meio Ambiente discute desafios de sustentabilidade em Porto Alegre

Evento, que iniciou nesta quinta-feira, reúne especialistas e autoridades até sábado na PUCRS

Felipe Faleiro

Professor da PUCRS Nelson Ferreira Fontoura foi um dos painelistas da primeira manhã do evento

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Iniciou, nesta quinta-feira, em Porto Alegre, a 6ª Conferência Municipal do Meio Ambiente, promovida pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (Smamus) no Auditório da Escola de Humanidades da PUCRS. O evento traz especialistas para discutir, entre outros aspectos, os desafios relacionados à preservação da natureza na Capital, mudanças climáticas e suas relações com a sociedade. A abertura contou com a presença de cerca de 150 pessoas.

Amanhã, o evento segue com a formação de grupos, e no sábado, serão firmadas as resoluções a serem encaminhadas à Prefeitura. O prefeito Sebastião Melo discursou no início da conferência. “O poder público tem o papel de promover diretrizes orientadoras, bem como políticas nesta área. Não há uma cidade sustentável se não houver o envolvimento das universidades, da sociedade civil organizada e da população como um todo”, afirmou.

Os principais desafios, segundo ele, passam pela conscientização ambiental e inclusive a superação no déficit da prestação de serviços, como a coleta de resíduos. “Podíamos separar 300 toneladas de lixo por dia. Estamos separando de 70 a 80”, comentou. A presidente do Conselho de Meio Ambiente (Comam) da Smamus, Ângela Molin, ressalta que um meio ambiente saudável é fundamental para a sobrevivência de toda a sociedade. 

“Este evento é um estado da arte com os experts acadêmicos, e depois teremos um momento de participação social. Esperamos que ele conscientize a população desta situação alertada pela comunidade científica, de que há um aquecimento do planeta. As pessoas sentem diariamente estas mudanças no clima”, comentou. Rualdo Menegat, painelista do primeiro dia, doutor em geologia e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), disse que as mudanças precisam ser locais, para que haja efeitos práticos no globo.

“O importante é que a alta da temperatura média não ultrapasse 1,5ºC, e já estamos em 1,2ºC. Ou seja, há uma urgência nestas discussões, na participação de todos. Precisamos manter este diálogo com a sociedade para que não possamos enfrentar, mais adiante, uma situação em que nós não poderemos mais dar conta. Precisamos também sintonizar melhor a cidade com seu ambiente, consumindo menos água e principalmente combustíveis fósseis”, afirmou.


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