Conselho Municipal de Saúde discute as ações para a Operação Inverno, em Porto Alegre

Conselho Municipal de Saúde discute as ações para a Operação Inverno, em Porto Alegre

Durante a plenária foi apresentado uma lista de necessidades prioritárias para o atendimento primário

Paula Maia

A conselheira Ana Paula de Lima, que estava representando o núcleo de coordenação do CMS, explicou que essa é foi primeira plenária com o novo secretário municipal de Saúde, Fernando Ritter.

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O Conselho Municipal de Saúde (CMS) promoveu, nesta quinta-feira, no auditório da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a discussão anual sobre o planejamento da gestão da Saúde para a “Operação Inverno”.

A conselheira Ana Paula de Lima, que estava representando o núcleo de coordenação do CMS, explicou que essa é foi primeira plenária com o novo secretário municipal, Fernando Ritter. Durante o evento foi apresentado uma lista das necessidades prioritárias do CMS. “A expectativa é que se possa avançar nesse sentido para ter a garantia dessas condições mínimas que tratam da questão de estrutura de saúde. Temos a expectativa, mesmo com o orçamento limitado, que algumas questões sejam tratadas como prioritárias, para que a gestão realmente materialize o discurso que reconhece e valoriza o Conselho Municipal de Saúde”, ressaltou

No encontro, o secretário de Saúde Fernando Ritter apresentou as ações previstas pelo município para desafogar a situação vivida pelas emergências dos hospitais e pronto atendimentos e ofertar suporte para a demanda extra mesmo antes da chegada oficial do inverno. As ações pretendem dar conta do aumento pela procura dos serviços em toda a Rede de Atenção à Saúde (RAS), o que inclui o fortalecimento da Atenção Básica.

Para o CMS, a superlotação das emergências é consequência do desmonte dos serviços públicos e de uma rede básica desestruturada, efeito da terceirização dos postos de saúde, redução das equipes e da ausência do trabalho de saúde da família nos territórios, que era garantia de prevenção e promoção da saúde.

Alexandre Bublitz é emergencista pediátrico do Hospital Materno Infantil Presidente Vargas ele afirma que esse ano é um caso atípico de superlotação. Com um altíssimo número de crianças com quadros mais graves do que nos anos anteriores. Ele ressaltou que a Operação Inverno começou atrasada. “Dados estatísticos de outros anos que apontam que os principais vírus começam a agir a partir de maio, antes do inverno. O planejamento deveria ter sido feito em janeiro para que agora estivéssemos leitos e capacidade de atendimento”, declarou.

A SMS afirmou que a Operação começou no dia 20 de maio e está sendo um trabalho progressivo. Primeiro foi realizada a abertura de cinco Unidades Básica de Saúde (UBS) aos finais de semana, e na sequência a abertura das UBS até as 22 horas, o acesso a medicamentos nas quatro farmácias distritais com funcionamento até o mesmo horário. E a fase de ampliação de leitos. Além do aumento do número de profissionais nos prontos atendimentos, ampliação da cobertura vacinal e ações de comunicação.

O secretário ressaltou que a preocupação maior é com as crianças e citou a retomada do Rolê das Vacinas, uma iniciativa da Secretaria Municipal de Educação (Smed), com a aplicação de mais de 300 doses aplicadas entre influenza e Covid.

 


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