Conserto da energia elétrica no Creas Leste, em Porto Alegre, pode iniciar ainda nesta semana

Conserto da energia elétrica no Creas Leste, em Porto Alegre, pode iniciar ainda nesta semana

Local no bairro Vila Ipiranga está há quatro meses e meio com luz em apenas uma fase

Felipe Faleiro

Reuniões no local, onde trabalham 28 pessoas, são feitas às escuras

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A Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc) projeta iniciar ainda nesta semana o conserto da energia elétrica do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) Leste, no bairro Vila Ipiranga, em Porto Alegre. Há quatro meses e meio, desde o último dia 30 de maio, o local, que atende 200 famílias em situação de vulnerabilidade social, está com energia elétrica precária e em apenas uma fase. Algumas lâmpadas funcionam, outras não, e computadores, micro-ondas e geladeiras estão inutilizados. Reuniões quase sempre são feitas às escuras.

O curto prazo, de acordo com o presidente da Fasc, André Flores Coronel, se refere à instalação de um poste de energia, tornando independente a nova rede da subestação de energia que abastece o centro comunitário e a Praça São Pedro. “Estamos ‘apertando’ a empresa privada para eles fazerem nesta semana. Eles queriam na quarta-feira da semana que vem, e eu disse não. Nosso engenheiro já está conversando com eles. Assim que houver o poste, já podemos fazer este serviço”, diz ele.

A precariedade é causada principalmente pelo furto de cabos, prejudicando o trabalho dos 28 funcionários, entre administrativos e equipe de abordagem social. Coronel nega a informação, repassada pela CEEE Equatorial na semana passada à reportagem, de que a empresa não havia recebido qualquer informação de furto de cabeamento na região. “Fizemos contatos, e foi inclusive a CEEE que nos orientou a fazer as obras que faremos agora”, afirmou ele. 

“Continuamos atendendo normalmente as famílias. Até, inclusive, agradecemos aos servidores muito dedicados, que, mesmo com a luz em meia fase, continuaram com este serviço, tanto com as famílias, quanto pessoas individuais.” Prova disto, conforme Coronel, é que os atendimentos não pararam, e até aumentaram um pouco no local no primeiro semestre de 2022, girando em torno de 660 por mês.

De acordo com ele, um novo contrato de manutenção predial foi assinado ainda na semana passada, após três meses do encerramento do último. O processo só não foi feito antes porque uma nova licitação acabou se tornando deserta, ou seja, sem interessados. “Na verdade, fomos também vítimas deste sistema burocrático que a lei nos exige e a gestão administrativa nos impõe. Estamos muito focados aqui, diariamente, para desobstruir esta questão e realizar esta reforma”, afirma ele.

Coronel também reforça a realização de um estudo para transferir os serviços do Creas Leste para um local mais próximo de seu território de atuação, nos bairros Bom Jesus, Vila Jardim e Santana. Não há prazo para que isto seja feito, mas o diretor administrativo da fundação, Rodrigo Scaravonato, havia dito ao Correio do Povo na semana passada que um imóvel quase foi locado, mas o proprietário desistiu da negociação na última hora.


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