Construção de hospital escola em Pelotas ganha apoio por mais verbas

Construção de hospital escola em Pelotas ganha apoio por mais verbas

Obras começaram em 2016, com repasses federais, mas faltam recursos para a conclusão

Angélica Silveira

As obras do hospital começaram em 2016

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A busca por mais recursos para as obras do novo hospital escola da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) gera mobilização de lideranças no Sul do Estado. A proposta é que o estabelecimento seja regional, diante da necessidade de mais leitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). As obras se iniciaram em 2016, com recursos federais. O bloco 3, o primeiro dos quatro previstos, está 80% pronto. Para a conclusão da unidade, que será destinada ao Setor de Oncologia, faltam R$ 6 milhões. O custo total estimado do bloco 3 é de R$ 18 milhões. Já a construção dos outros três demanda R$ 200 milhões.

No próximo dia 14, uma frente parlamentar da Região Sul em defesa da construção do hospital regional 100% SUS será lançada em audiência pública na Câmara de Pelotas. O vereador Marcus Cunha afirma que a União não deverá enviar mais recursos e aponta como solução pressionar deputados federais e senadores gaúchos em busca de valores, por meio de emendas parlamentares. “Pelotas tem déficit de 300 leitos pelo SUS hoje, então o hospital ajudaria muito.” Conforme o vereador, já manifestaram apoio a Federação das Associações de Municípios do RS (Famurs), o presidente do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde, Diego Espindola, o presidente da Associação dos Municípios da Zona Sul (Azonasul) e prefeito de São Lourenço do Sul, Rudinei Harter, além das prefeituras de Piratini, Rio Grande, Capão do Leão e Tapes.

O pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento da UFPel, Otávio Peres, diz que o atual hospital escola tem caráter regional e funciona em prédio locado. “É o único 100% SUS da cidade, e o plano da universidade é incrementar o atendimento, mantendo característica de hospital público.” Em relação à nova obra, Peres confirma que a decisão foi de iniciar pelo bloco 3, para serviços oncológicos, buscando complementar o atendimento já realizado. “O projeto do hospital existe para cerca de 500 leitos, mas estamos discutindo para ver a demanda da região por leitos SUS”, relata.
O pró-reitor diz que a obra continua mesmo com os recursos chegando de forma parcelada. “Temos que ir tirando o projeto do papel, mas em 2017 já tivemos que realocar recursos para manter. É muito importante a mobilização pelos R$ 200 milhões, mas primeiro temos que conseguir os R$ 6 milhões para que a obra da parte oncológica não pare.”
 

Correio do Povo
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