Consumidores criticam aumento do preço da gasolina em Porto Alegre

Consumidores criticam aumento do preço da gasolina em Porto Alegre

Preço do litro da gasolina comum oscilou de R$ 5,49 até R$ 5,95 nesta quarta-feira

Felipe Samuel

Aumento do litro da gasolina chegou a R$ 0,60 na Capital

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Com a reoneração dos impostos federais sobre a gasolina e álcool, anunciada na terça-feira pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, os consumidores sentiram no bolso o aumento do preço dos combustíveis. Em Porto Alegre, o reajuste do litro da gasolina em alguns postos ultrapassou R$ 0,60, valor bem acima dos R$ 0,47 previstos pelo governo federal. Em postos localizados no Menino Deus, o preço da gasolina comum variava de R$ 5,49 até R$ 5,95.

Em um posto da rua José Alencar, a gasolina comum saltou de R$ 4,99 para R$ 5,59. Em outro posto, localizado na Getúlio Vargas, o preço do litro do combustível chegava a R$ 5,95. O empresário Alisson Pivatto Pinto, 36, criticou o aumento do combustível através de um imposto que não estava sendo cobrado. “Por uma medida específica do governo, a gente vai sentir um preço mais alto”, observa. Para Pivatto, o ajuste vai atingir principalmente quem ganha menos. “Cada real importa”, alerta. “Vou sentir isso numa escala diferente, porque meus fornecedores vão me cobrar mais", acrescenta. 

O motorista de aplicativo Edson Rodrigues da Luz tem que rodar pelo menos 12 horas por dia para garantir R$ 200,00. Para Rodrigues da Luz, que trabalha há quatro anos como motorista de aplicativo, o reajuste do combustível vem num péssimo momento e vai pesar no orçamento. “Fica terrível. Dá vontade de desistir. Estou trabalhando praticamente pelo custo”, observa. Ele reforça que a empresa de aplicativo não aumenta os valores da tarifa na mesma proporção. 

Na terça-feira, como forma de atenuar o aumento na bomba, o governo federal anunciou a redução do litro da gasolina em R$ 0,13 nas distribuidoras a partir desta quarta-feira (1º). O objetivo é reduzir o impacto da retomada dos impostos federais (PIS/Confins), que voltaram a vigorar sobre o combustível em R$ 0,47.  Em 1º de janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) editou uma MP para prorrogar a desoneração. A medida foi adotada inicialmente por seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL), em 2022, para conter a escalada de preços nas bombas em ano eleitoral.


Correio do Povo
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