Corrida na Orla do Guaíba desperta conscientização ambiental
Evento Go Green Eco Race reforça a importância da preservação ambiental
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Três mil corredores participaram ontem da Go Green Eco Race, na Orla do Guaíba. O objetivo da competição é aliar esporte e responsabilidade ambiental a partir de ações educativas para o descarte correto dos resíduos. Os atletas disputaram corridas nas modalidades de 5km e 10km. Para reforçar a importância da preservação ambiental, ao longo do percurso, os participantes contaram com coletores de materiais recicláveis.
As lonas foram produzidas com polipropileno e as estruturas de madeira e alumínio são totalmente reutilizáveis. Durante as provas foram recolhidos 7 mil copos plásticos. Para evitar lixo acumulado na via durante e após as provas, uma equipe com 10 coletores da Coopertinga - que é uma cooperativa de reciclagem de resíduos sólidos urbanos, produção e industrialização de materiais - trabalhou para recolher os copos e deixar o local limpo.
Gerente de Relações Institucionais da Braskem, Daniel Fleischer destaca que os atletas recebem água em meio à corrida e jogam os copos na rua. “A ideia da Braskem patrocinar esse evento é aliar prática esportiva, vida saudável juntamente com a preservação do nosso planeta, ampliar o conceito de reciclagem das pessoas, fazer com que as pessoas, ao participarem de uma modalidade esportiva de 5 ou 10 km também se conscientizem de fazer a sua atitude correta e descartar corretamente seu resíduo”, afirma.
Fleischer destaca que o material coletado pela Coopertinga será selecionado e vendido novamente para a indústria. “A cooperativa se beneficia com todos os materiais que recebem. Ela vende novamente para a indústria porque o plástico é 100% reciclável”, reforça. O presidente da Coopertinga, Gerno Dias Prado, projeta que o total arrecadado nas provas deve chegar a 2 mil toneladas. E a coleta dos resíduos chega em boa hora, porque a cooperativa ainda tenta reconstruir o galpão que abriga a sede da entidade. Em 7 de janeiro um incêndio destruiu a sede da entidade.
“São 50 famílias que dependem da renda, sendo que 40 são mães solteiras e dependem desse trabalho e dessa renda”, completa. Sem a sede própria, os coletores enfrentam dificuldades. “Sem material para a gente trabalhar, estamos fazendo uma partilha de R$ 150 por mês. Está difícil”, conclui.