Covid-19: cobertura vacinal entre jovens e crianças é menor em Porto Alegre

Com a diminuição dos casos positivos para o novo coronavírus, uma parte da população de Porto Alegre relaxou e deixou de tomar a vacina contra a doença. De acordo com dados do Conselho Nacional de Saúde (CNS) do Ministério da Saúde, na faixa dos 3 a 4 anos, que totaliza 34.121 crianças, apenas 17,6% têm esquema vacinal completo, ou seja, apenas 6.021. Na população dos 12 aos 17 anos, que tem 110.816 residentes na Capital, somente 29,4% estão com o calendário vacinal em dia, o equivalente a 32.621 jovens. Em contrapartida, entre os idosos acima de 80 anos, a taxa de cobertura vacinal é maior.

Diante desse cenário, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) alerta para a importância da imunização dessas populações. Responsável técnico de enfermagem da direção da Atenção Primária à Saúde (APS), Leonardo Rodrigues afirmou que quanto mais baixa a faixa etária menor é a cobertura vacinal. “Isso inclui crianças de seis meses, que podem tomar a vacina Covid Baby, que é destinada a crianças de até 3 anos. Nessa faixa etária a cobertura é desastrosa, muito baixa”, avaliou. Rodrigues explicou que os casos positivos de Covid-19 são em menor número, mas podem ser fatais.

“Quando a Covid ataca uma criança muito pequena, que tem seis meses, por exemplo, o que é raro de acontecer, pode ser fatal. Ela pode ser levada para a UTI”, alertou. Conforme Rodrigues, na segunda-feira-feira, a Unidade de Saúde Modelo, no bairro Santana, aplicou 65 vacinas contra a doença, a maioria em idosos. “Poucos jovens se vacinaram a partir de 18 anos”, comparou. Ele ressaltou que pessoas sem nenhuma dose de vacina estão suscetíveis a desenvolver a doença na forma mais grave. “Fazemos apelo para que os jovens façam vacina contra Covid-19”, completou.

Segundo dados do CNS, mulheres acima de 18 anos se vacinam mais do que os homens. Em Porto Alegre, a população feminina com esquema vacinal completo totaliza 192.482. O público masculino totaliza 122.683 imunizados. “As pessoas geralmente se acomodam quando não veem o perigo real. Quando havia a pandemia Covid a população via o perigo real, com emergências lotadas, superlotação de UTIs. Quando a pessoa enxerga a gravidade do problema ela sente necessidade de procurar imunização”, comparou.