Covid assusta no fim da gestação

Covid assusta no fim da gestação

Ingrid Alves descobriu estar com o novo coronavírus pouco tempo antes de dar a luz

Jéssica Hübler

Ingrid Alves, diagnosticada com a doença, ficou isolada com a filha Ágata no HU

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Prestes a dar à luz à pequena Ágata, Ingrid Alves, 29 anos, recebeu o diagnóstico positivo para Covid-19. Após meses de cuidados intensos por conta da gestação, ela se dirigiu apreensiva ao Hospital Universitário de Canoas, instituição de saúde que escolheu para o nascimento da filha. Ao chegar no hospital, compartilhou com a equipe médica o temor de transmitir o vírus para a pequena Ágata, que ainda estava protegida em seu ventre.

Apesar de não ter apresentado sintomas, Ingrid sabia que a doença poderia trazer prejuízos tanto para a saúde dela, quanto para a de Ágata, o seu bem mais precioso que logo chegaria ao mundo. "O acolhimento e todas as informações repassadas pelos médicos e por toda a equipe do hospital foram fundamentais", revela Ingrid.

A pequena Ágata nasceu no dia 12 de março, com 2,9kg e muita saúde. "Recebemos um atendimento diferenciado. Ficamos sozinhas em um quarto isolado. Cada vez que alguém nos atendia, trocava todas as roupas e equipamentos de proteção, isso me deu uma tranquilidade de que não passaria o vírus nem para minha bebê, nem para outras pessoas", afirma.

As duas deixaram as dependências do Hospital Universitário na última terça-feira e ficarão em isolamento por mais alguns dias, por conta do diagnóstico da Covid-19 de Ingrid antes do parto. Elas devem ficar na casa de um familiar de Ingrid, pois o marido dela também contraiu o novo coronavírus e segue no período de isolamento.

O diretor técnico do Hospital Universitário, Paulo Nader, tranquiliza as mamães. O médico explica que quando há suspeita de uma gestante infectada por Covid-19, ela é atendida de forma separada, colocada em sala especial, justamente para não haver contato com outras gestantes e mães. Se está com Covid-19 e em boas condições de saúde, mãe e bebê ficam em alojamento único.

“O Hospital Universitário é muito seguro. Possuímos estrutura para atender gestantes de risco e temos UTI neonatal com capacidade para atender todo e qualquer tipo de doença das crianças”, destaca Nader. A Maternidade do Hospital Universitário é referência para 150 municípios e tem UTI neonatal de nível 3. Isto significa que pode atender as mais diversas doenças do recém-nascido. Desde os prematuros mais extremos até problemas que exijam cirurgias.


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