Dívida no estacionamento rotativo soma R$ 670 mil em Santa Cruz do Sul

O alto índice de inadimplência no sistema de estacionamento rotativo no Centro de Santa Cruz do Sul preocupa o Conselho Comunitário Pró-Segurança Pública (Consepro), responsável pelo serviço. O valor atingiu R$ 670.613,00 em novembro, considerado bem acima da margem de perda de receita prevista. O índice ideal, conforme estimativa da administradora, é de uma dívida dos usuários de cerca de R$ 17 mil mensais, ou 10% do faturamento bruto.

O percentual de devedores do estacionamento pago, conhecido como Rapidinho, atualmente é de 25%. O presidente do Consepro, Guido Hermes, afirma que a dívida atual corresponde a praticamente quatro meses de faturamento. Ele apela para a conscientização dos usuários para que os valores sejam pagos corretamente. “Atualmente não é possível aplicar multa de forma automática. O nosso sistema está preparado para isto, mas não há uma regulamentação do município.”

O secretário municipal de Transportes e Serviços Urbanos, Gérson Vargas, explica que a prefeitura conta com 18 fiscais de trânsito, que monitoram, além das 47 quadras de estacionamento rotativo, intervenções no trânsito e o fluxo de veículos em toda a cidade. Observa que de todas as multas geradas pela fiscalização, 50% se relacionam à irregularidades de estacionamento. “Nesse percentual estão também as autuações do Rapidinho”, diz Vargas. Conforme ele, a secretaria não tem o número exato de infrações detectadas pela equipe na área azul.

Desde agosto do ano passado, nenhum veículo estacionado na área azul pode ficar na mesma vaga mais que duas horas. A medida, criada para ampliar a rotatividade de veículos, não teve o impacto positivo projetado. Segundo o Consepro, a taxa de rotatividade durante os dias da semana continua praticamente a mesma.