Debate sobre importância de instituições financeiras aborda cheias no RS

Debate sobre importância de instituições financeiras aborda cheias no RS

Evento Tá na Mesa, promovido pela Federasul, foi realizado nesta quarta-feira e contou com a presença de representantes do BRDE, Badesul e Banrisul

Caroline Garske

Evento Tá na Mesa, da Federasul, foi realizado nesta quarta-feira

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A importância das instituições financeiras para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul foi o tema desta edição da reunião-almoço Tá na Mesa, realizada nesta quarta-feira pela Federasul. O vice-presidente e diretor de Operações do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Ranolfo Vieira Jr., o presidente do Badesul Desenvolvimento, Claudio Gastal, e o presidente do Banrisul, Fernando Lemos, foram os painelistas convidados. O evento teve início com uma homenagem pelos 95 anos do Banrisul. As cheias que atingiram o Estado neste mês foram debatidas durante a conversa.

Representando o BRDE, Ranolfo começou se solidarizando com a população gaúcha devido aos últimos ocorridos por conta das enchentes. Mencionou também que há meses a estiagem era a pauta das conversas e agora outro extremo se faz presente. Durante a apresentação, o vice-presidente da instituição citou o programa Sul Resiliente, que destina R$ 500 milhões para financiar projetos em cidades sob risco de desastres naturais e informou que o SOS Rio Grande realizou algumas primeiras medidas de socorro ao Vale do Taquari, com a concessão de nova carência por um ano, atendendo 1.667 clientes. 

De acordo com Ranolfo, a emergência climática é uma preocupação constante. “No início deste ano tivemos um PIB muito baixo porque era efeito da estiagem, então provavelmente, no próximo trimestre, devemos ter um reflexo na economia gaúcha em razão de tudo isso que estamos passando neste momento”, observou. Outro ponto destacado por Ranolfo foi a respeito do programa Banco Verde, que promove impacto social, ambiental e climático positivo para o Rio Grande do Sul, com investimentos que somam R$ 28 milhões nos últimos sete anos. O diretor de Operações do BRDE também salientou eixos estratégicos para o Estado, voltados ao agro, à inovação, à sustentabilidade e ao turismo. 

Após, Claudio Gastal falou sobre as operações no Badesul e salientou os valores liberados nos setores empresarial, de inovação, público e no agronegócio, somando um total de 20.700 clientes. O presidente mencionou alguns cases de sucesso nesses setores. Ele reforçou os problemas causados pelas chuvas no Rio Grande do Sul. “Frente a essa catástrofe, de maneira geral, mas especificamente no Vale do Taquari, estamos alongando o processo de dívidas e pagamentos, no setor privado de negócios e também no setor público, com empréstimos para prefeituras daquela região que tenham sua condição de pagamento dificultada”, relatou.

Por fim, Fernando Lemos, do Banrisul, falou sobre os 95 anos do banco, que foram voltados ao desenvolvimento do Estado. “Eu poderia falar de muitas coisas sobre o Banrisul. Poderia falar sobre os números, pois somos uma empresa de capital aberto, nossos números são divulgados. Para chegar aos 95 anos sendo um banco de varejo no Brasil, é preciso de muita qualidade e competência.” Lemos não deixou de mencionar a importância do Banrisul para a economia do Rio Grande do Sul. “Por dentro do Banrisul passa 40% do PIB gaúcho. O Banrisul é um patrimônio não pelos seus negócios, é um patrimônio pela indução que ele faz da nossa economia e da nossa gente”, reforçou. Ainda, segundo Lemos, equipes do banco estão no Vale do Taquari trabalhando em prol dos municípios atingidos.

 


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