Defesa Civil está em alerta para risco de cheia do Sinos

Defesa Civil está em alerta para risco de cheia do Sinos

Novo Hamburgo e São Leopoldo ainda não estão com perigo de inundações

Fernanda Bassôa

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A Defesa Civil dos municípios de Novo Hamburgo e de São Leopoldo, no Vale dos Sinos, segue em alerta em virtude das constantes chuvas desta semana que afetam o nível do Rio dos Sinos. O monitoramento ocorre nas áreas de risco. 

Na manhã desta quarta-feira, na região de Novo Hamburgo, o nível do rio estava na marca dos 5,82 metros, o que ainda não representa perigo. Para causar inundações, o volume deve ficar acima dos sete metros. A elevação é considerada leve pela Defesa Civil. Foram 22 centímetros em 15 horas. Na terça-feira, às 15h, o rio estava em 5,60 metros. 

Mesmo assim, um carro de som da prefeitura está percorrendo ruas das Vilas Getúlio Vargas e Kipling, no bairro Canudos, e em todo o bairro Santo Afonso, alertando a população para a possibilidade de cheia do Sinos. “Estamos atentos ao grande volume de chuva que está caindo nas cabeceiras do Rio dos Sinos, nas regiões da Serra e do Paranhana, o que manterá o nível do Sinos em alta mesmo depois das chuvas pararem”, destaca o coordenador da Defesa Civil municipal, tenente Claudiomiro da Fonseca.   

“A população não precisa ficar apreensiva, estamos monitorando a situação nos lugares de risco da cidade, que são na parte sul, no bairro Santo Afonso e Canudos, como também ao norte, no bairro São José”, acrescenta Fonseca. Em caso de necessidade, a comunidade pode entrar em contato com a Defesa Civil pelos seguintes telefones: das 8h às 17h, nos números fixos na sede da entidade, 3587-7863 e 3097-9408; e os telefones do plantão (24h) 98058-9979, 98013-9178 e 99707-9954. 

Em São Leopoldo, o rio atingiu a marca de 3,14 metros, conforme verificado na régua da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico. O nível está 0,64 centímetros acima do normal, que é entre 2 metros e 2,5 metros, mas fora do status de alerta de inundação. 

Conforme o coordenador do órgão, Fabiano Camargo, o nível ainda está abaixo do considerado de atenção, mas segue subindo, em média, entre 1,5 e 2 cm/h. “Conforme disposto no Plano de Contingência para Inundações, só é emitido o alerta para risco de inundação quando a marca chega em 4,30m. Com 4,50m para moradores da rua da Praia e da Camélias e com 5,10m para quem reside no loteamento São Geraldo”, comentou. 

Em caso de ocorrências causadas pelas intempéries, a Defesa Civil de São Leopoldo atende pelo telefone 153, da Guarda Civil Municipal (GCM). Também ficam disponíveis os telefones (51) 99117 -8291 e (51) 98924-7852. Além do (51) 2200.0633, que funciona somente em horário comercial. 

Em Canoas, a Defesa Civil monitora nível do Rio dos Sinos e prepara apoio para as famílias ribeirinhas pois o leito subiu aproximadamente 21 centímetros de terça (3) para quarta-feira (4), passando de 1,47 metros para 1,68 metros. A combinação de chuvas e ventos, que resulta na expansão das águas, está sendo monitorada na Praia do Paquetá, no Mato Grande, e no final da Rua da Barca, no Bairro Harmonia.

Apesar do alerta para risco baixo de situação de cheia na Bacia do Rio dos Sinos, a Prefeitura de Canoas já organiza um plano de apoio para as famílias ribeirinhas. A Defesa Civil do Município vai garantir o repasse de alimentos e agasalhos para os moradores das regiões ribeirinhas que, no caso de transbordamento do rio, optem por não sair das suas casas.

Além disso, está sendo organizado o apoio logístico e de espaço físico para alojar famílias necessitadas. Em caso de emergência, a recomendação é ligar para os números da Defesa Civil: (51) 3476-3400 e o Plantão 24 horas: (51) 99322-5764 (WhatsApp). 

 

Região do Caí

Já o Rio Caí, que no início da semana chegou a marca dos 9,94 metros, registrava nesta manhã na régua da “barca” 8,94 metros, seguindo baixando de 10 a 11 cm por hora. 

“Na noite de terça-feira, o rio estava em 9,24. Com o parar das chuvas, a elevação vem diminuindo bastante. A cota de inundação é quando ele chega a marca dos 10,50 metros, momento em que ele sai da calha e temos que colocar em prática nosso plano de contingência com a remoção de famílias localizadas no bairro Navegantes. Entretanto, com o ritmo baixo de chuvas na serra o nível do Rio Caí deve continuar baixando”, afirma o coordenador da Defesa Civil de São Sebastião do Caí, Ênio dos Santos.   

 

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895